Ensino

Aluna de Química realiza pesquisa de aplicação de pneus inservíveis em unidades de coprocessamento

19/06/2017

10:38

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

A Constituição Federal de 1988, no artigo 225, estabelece que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações”. Tal trecho refere-se à sustentabilidade ambiental, o que atualmente se considera de extrema importância para a qualidade de vida e do ecossistema como um todo.

Nesse sentido, em junho, mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, a acadêmica Fernanda Benato Mezzomo, do curso de Química (bacharelado) e integrante do Programa de Iniciação Científica da Universidade de Passo Fundo (UPF), desenvolve uma pesquisa de cunho bibliográfico sobre a aplicação de pneus inservíveis em unidades de coprocessamento para a fabricação do clínquer, principal componente do cimento. O estudo está sendo orientado pela professora Janaína Ortiz.

Os pneus inservíveis, segundo o estudo, são considerados resíduos de difícil destinação final em função da dificuldade de compactação em aterros e de seu alto poder calorífico, podendo alimentar um sinistro no caso de incêndios. “Eles também servem como meio para o acúmulo de água, promovendo a proliferação de vetores transmissores de doenças, e, quando queimados, liberam gases tóxicos que precipitam na forma de chuva ácida”, comenta a acadêmica.

Segundo ela, com a necessidade de reduzir o passivo ambiental, a aplicação de pneus inservíveis em unidades de coprocessamento mostrou-se uma alternativa para a destinação final desse tipo de resíduo. “É uma destinação segura e definitiva, uma vez que passará a ser considerado matéria-prima para outro tipo de atividade industrial, bem como a responsabilidade solidária cessa por parte das empresas e, principalmente, por ser um processo de baixo custo, que atende à legislação ambiental vigente e não altera a qualidade do cimento”, justifica.