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Culturas de inverno e produção pecuária: qual a melhor opção para as lavouras na região Norte do RS?

01/10/2021

14:03

Por: Assessoria de Imprensa

O tema foi discutido no painel realizado nesta quinta-feira, 30 de setembro, durante a Semana do Conhecimento da UPF

O Rio Grande do Sul, especificamente a região Norte do Estado, tradicionalmente, destaca-se por sua produção agrícola e pecuária. A Universidade de Passo Fundo (UPF) contribui com esta realidade por meio da geração de conhecimento e formação de profissionais altamente qualificados que, por meio da atuação na área, ajudam a alavancar a produtividade do setor agropecuário. Norteado pela temática “Culturas de inverno e produção pecuária: qual a melhor opção para as lavouras na região Norte do RS?”, um painel on-line foi realizado nesta quinta-feira, 30 de setembro, durante a programação da Semana do Conhecimento da UPF.

A atividade, transmitida pelo canal da UPF Online no YouTube, foi mediada pelo professor Me. João Ignacio do Canto e contou com a presença de autoridades e lideranças ligadas ao setor. 

O chefe geral da Embrapa, Jorge Lemanski, destacou que o Brasil possui uma grande vantagem em relação aos outros países, caracterizada pela eficiência energética. Segundo ele, a produção de trigo passou de 665 quilos/hectare em 1977, para três mil quilos/hectare em 2016 e, em 2021, bateu o recorde mundial de 9,6 mil quilos/hectare.

“Quando começarmos a perceber a oportunidade de conversão de brilho solar em alimento, fibra e energia e fazer a análise da eficiência energética, são aproveitados cerca de 50% da soja, 79% do trigo e a cevada, em terceira safra, acima de 90%”, enfatiza, ao destacar que é necessário compreender que a vantagem comparativa do Brasil está também na dimensão das terras que possui, nas estruturas das propriedades rurais, do capital humano formado pelas universidades e também pelo conhecimento da ciência brasileira.

Compartilhando do mesmo pensamento, Francisco Turra, presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho de Administração na Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e ex-ministro da Agricultura, o Brasil é privilegiado em diversos segmentos, o que contribui para uma melhora da produção. “O Brasil responderá por 40% da produção do que mundo tiver e exigir de alimentos porque possui clima, solo, condições naturais melhores, tecnologia de ponta e inovação. Sei que podemos e vamos avançar muito mais. Esse evento de hoje é um começo, para tratar sobre o que é possível fazer na nossa região”, afirmou Turra.

O diretor presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, ressaltou que a produção de biodiesel à base de grãos começou a ganhar espaço no mercado brasileiro nos últimos 15 anos e cresce de maneira considerável. “O mundo passa por um momento de reorganização em todos os patamares. O biocombustível tem seu espaço. Temos no RS as culturas de triticale, trigo e cevada, mas podemos produzir oleaginosas, como canola e carinata, que são muito importantes para fazer a rotação de culturas. Se aumentarmos essa produção, certamente a indústria de biodiesel vai comprar”, destacou.

Ensino de excelência para atender uma demanda cada vez mais exigente
A reitora da UPF, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin, pontuou que a Universidade busca promover estes encontros pois contribuem positivamente para a formação dos estudantes e conhecimento da comunidade em geral.

“Nosso propósito na UPF é uma formação qualificada, de conhecimento, pesquisa, extensão, inovação, com tecnologia, que cada vez mais nos surpreende e vem favorecer nosso trabalho em todas áreas, buscando elevar a agricultura a patamares cada vez maiores de desenvolvimento, de renda e fazendo com ela se diversifique mais, considerando essa grande cadeia que envolve o agro”, disse a reitora.

O diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da UPF, professor Dr. Eraldo Zanella, pontuou que as produções animal e de grãos andam juntas e que Universidade cumpre o seu papel de formar profissionais qualificados para atender uma demanda que é cada vez mais exigente.

“Em 2021, completamos 60 anos do curso de Agronomia e 25 anos do curso de Medicina Veterinária. São duas áreas extremamente importantes, pois se não tivermos alimentos não conseguiremos produzir a parte animal. Estamos num elo fundamental e a UPF está à frente dessas inovações na região”, disse o professor.

Também participaram do painel o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Cristian Thans; Josué Longo, coordenador regional de Agricultura do Estado; o vereador Rodinei Candeia; o cerealista e fundador da Agrodanieli, Adelírio Danieli; Carolina Tonello, egressa do curso de Agronomia da UPF e mestranda; Fabio Benin, engenheiro agrônomo formado pela UPF; a produtora rural Gabriela Mattei; a coordenadora de Extensão da Semana do Conhecimento, professora Dra. Adriana Bragagnolo; e os professores da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da UPF, Dr. Fernando Pilotto e Dr. Renato Fontanelli.