Vamos falar sobre as coisas boas do leite?

De acordo com dados divulgados pela Emater/RS, o Rio Grande do Sul produz anualmente 4,5 bilhões de litros de leite e esse número posiciona o Estado como o terceiro maior produtor do país. Com aproximadamente 13,0% da produção nacional, os produtores gaúchos entregam às indústrias, diariamente, uma média de 11,3 milhões de litros para uma capacidade industrial instalada de 18,7 milhões de litros/dia. Mesmo diante desses levantamentos, ultimamente muitas teorias têm sido criadas, dando ao produto o título de vilão. Mas você sabia que o leite tem muitas propriedades boas para o consumo?

Esse tema foi abordado em uma das oficinas da Universidade de Passo Fundo (UPF) na Expodireto Cotrijal 2022. Ministrada pelo professor Dr. Vandré Brião, o encontro teve o objetivo de conversar com os produtores e abordar na Feira, que é um local onde estão agricultores pequenos e grandes, informações para desmistificar a ideia de que o leite faz mal.

Conforme Brião, para quem produz leite, essa máxima, divulgada, inclusive, por influenciadores digitais, prejudica o negócio. Além disso, para a sociedade como um todo, cria um conceito equivocado de que a bebida traz mais prejuízos do que benefícios. “Não podemos tomar os maus exemplos de empresas, que cometeram erros e que vão pagar por isso, como normas do setor. Hoje, existem pessoas que alegam, em canais nas redes sociais, que todo leite tem formol, soda e outros exemplos negativos que colocam o leite como algo que não é saudável”, pontua.

Como professor e pesquisador da área, Vandré Brião prefere ficar com os exemplos positivos e reforçar que o leite tem proteínas de qualidade, minerais importantes para a saúde e vitaminas interessantes. 

Entre os tópicos polêmicos que envolvem o leite estão a gordura e a lactose. Segundo ele, a gordura do leite tem muitos benefícios, se usados com equilíbrio. “Algumas empresas estão preocupadas com essa informação que vem sendo difundida de que a lactose faz mal. A questão é que, ela só fará mal se a pessoa tiver intolerância. Sem a intolerância, ela não produz nenhum efeito negativo”, pondera o pesquisador.

Brião relata que hoje algumas pequenas empresas estão buscando colocar em seu portfólio produtos sem lactose, como forma de atender a demanda daqueles que têm restrições. Entre os produtos estão iogurtes, queijo e doce de leite. “Esse nicho de mercado, além de agregar valor aos produtos da empresa ou da propriedade da família, também fará com que ocorra uma expansão”, comenta, alertando a comunidade sobre conteúdos sem fundamentações em canais e redes sociais e pontuando que é preciso buscar as informações em fontes seguras e confiáveis.
 

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