A Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná, a qual tem sua distribuição no sul e sudeste do Brasil, parte da Argentina e Paraguai, é uma espécie arbórea de grande porte, e seu habitat natural se dá em locais de clima frio com ocorrência de geadas, altitudes elevadas e precipitação bem distribuída ao longo do ano.
Apresenta árvores de sexos distintos sendo considerada uma espécie dioica, raramente são monoicas, provavelmente quando submetida a traumas ou doenças. A floração feminina ocorre o ano todo, já a masculina ocorre de agosto a janeiro. A polinização é predominantemente anemocórica (pelo vento) e, dois anos após esse evento, as pinhas amadurecem. A dispersão de suas sementes ocorre com o auxílio de alguns exemplares da fauna silvestre, como a cutia, gralha-azul e papagaio-charão.
O plantio das sementes deve ser feito em locais abertos, pois são consideras plantas pioneiras, as quais necessitam de bastante incidência de luminosidade para se desenvolverem. Em plantios, a produção de sementes (pinhões) se inicia entre 10 e 15 anos; enquanto que nas populações naturais, essa fase se inicia a partir do vigésimo ano. Iniciado a produção de sementes, a árvore produz em média 40 pinhas por ano ao longo de toda sua vida (mais de 200 anos). O amadurecimento dos pinhões tem grande importância para a alimentação de muitas espécies da fauna silvestre e também para o ser humano. O pinhão possui propriedades medicinais, ótimas características nutritivas, a semente é rica em reservas energéticas.
Sobre a sua extensa área de ocupação, a exploração indiscriminada colocou-a na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e atualmente está situada na categoria criticamente em perigo em nível global segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (International Union for Conservation of Nature).
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