Geral

Muzar completa 45 anos

04/05/2020

11:00

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Arquivo/UPF

Só no ano de 2019, o Museu alcançou mais de 45 mil pessoas com atividades exposições internas e externas, ações educativas e prestações de serviço de salvaguarda

Fundado em agosto de 1975, o Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), ligado ao Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (ICB/UPF), completa, em 2020, 45 anos. Das primeiras coleções de zoologia, botânica e geologia, montadas por professores do extinto curso de Ciências Naturais, até hoje, o Museu acompanhou as mudanças da ciência e da educação, adaptando-se às necessidades da Universidade e da própria comunidade. Com exposições, laboratórios, ações de pesquisa e educativas, hoje, representa um atuante museu universitário reconhecido nacional e mundialmente.

Tanto, que em 2018, o Muzar foi reconhecido como o museu do interior do Rio Grande do Sul mais visitado, reconhecido pelo Sistema Estadual de Museus, com mais de 25 mil visitantes anuais. Em 2019, esse número chegou a 45 mil pessoas envolvidas nas suas mais diferentes atividades. Em função disso, o Muzar é tido como referência em Passo Fundo e na região. Espaço onde escolas e comunidades ancoram seus aprendizados na ciência, biodiversidade, meio ambiente e educação ambiental. “Muitas escolas complementam seus estudos visitando nossas exposições. Ao mesmo tempo, que construímos o respeito e o amor à natureza no olhar atento de cada criança, discutimos temas relevantes de interação da sociedade com o meio ambiente”, explica a bióloga e responsável técnica do Muzar Flávia Biondo. 

Na opinião de Flávia, o Muzar é a porta aberta de contato com a sociedade, onde transforma o conhecimento científico acessível a todos e provoca encontros com as comunidades para reconhecer suas necessidades, que são trabalhadas no mundo acadêmico. Um exemplo desse trabalho foi o Projeto Rio Passo Fundo, que em parceria com o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider e o Museu Histórico Regional atendeu uma necessidade do Comitê Rio Passo Fundo, de aproximação com as comunidades ribeirinhas do rio.

Ainda segundo a bióloga, por meio deste e outros projetos, o Muzar instiga a inter, multi e transdisciplinariedade, onde cursos e áreas trabalham integrados na extensão, pesquisa e inovação, criando exposições e interagindo com o público. “Por meio de ações educativas, como exemplo a trilha perceptiva, as discussões de meio ambiente são trabalhadas com diferentes cursos, efetivamente transpassando a educação ambiental como propõem os temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais”, completa. 

Atualmente, o espaço também mantém, fundamentalmente, coleções da biodiversidade regional para pesquisa dos cursos de mestrado e doutorado da UPF e em intercâmbio com outras instituições de pesquisa do Rio Grande do Sul ou de outros locais do mundo, disponibilizando essas informações através de um repositório de acesso mundial. “Assim, o Muzar fortalece os cursos, que com ele interagem, o Instituto de Ciências Biológicas e a UPF e conquista a comunidade para ser UPF, também”, acrescenta. 

Para a diretora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Dr. Marilene Rodrigues Portela, o Muzar tem uma trajetória importante de colaboração na formação técnico-científica de acadêmicos e profissionais da área, quaisquer que seja o contexto de origem, mas de modo especial, dos estudantes de ICB.  “Ancorado no seu principal objetivo ‘valorizar o patrimônio natural por meio da preservação dos recursos naturais e da integração dos seres vivos’, ao longo dos anos, o Muzar tem construído e socializado o conhecimento. Um espaço de disseminação cultural que também oferece lazer a comunidade, pois suas exposições regulares se constituem em um atrativo às crianças, jovens, adultos, e, mesmo às famílias, quando frequentam o Domingo no campus”, destacou. Ainda na opinião da diretora, a preocupação com a educação ambiental faz com que os projetos realizados no espaço colaborem para desenvolver na sociedade uma mudança de comportamento, em relação ao cuidado com o meio ambiente. “Exaltando um trabalho de compromisso e responsabilidade ambiental, um exercício genuíno de educar, um orgulho para a Universidade de Passo Fundo”, concluiu. 

Selo e exposição on-line fazem parte das comemorações
Mesmo em tempos de pandemia de Covid-19, a data não passará sem comemorações. Para marcar os 45 anos do Muzar, estão sendo preparadas atividades de forma remota. Uma delas, é o lançamento do selo dos 45 anos, que acompanhará os materiais de divulgação ao longo deste ano. 

Outra atividade comemorativa é a exposição “Toxinas da Natureza”, que será on-line, para contribuir com as escolas, em atividades remotas, para a disciplina de ciências. A exposição enfoca conteúdos sobre animais e plantas que possuem toxinas, conhecidas como venenos, que podem, em acidentes, prejudicar as pessoas. A exposição instiga a busca de conhecimento sobre animais peçonhentos ou venenosos e plantas tóxicas.

A dinâmica da exposição acontecerá da seguinte forma: perguntas serão lançadas nas redes sociais do Muzar (facebook.com/muzaricbupf e instagram.com/muzaricbupf) durante a semana e as repostas serão disponibilizas no site www.upf.br/muzar nas sextas-feiras.

Quando as atividades voltarem a ocorrer de forma presencial, as escolas poderão visitar a exposição física no próprio Muzar, reconhecendo o acervo do museu sobre o assunto.