Geral

Desvendando o Acervo: Biguá

27/02/2019

17:25

Por: Assessoria de Imprensa

Biguá - Nannopterum brasilianus

O biguá (Nannopterum brasilianus) é uma ave da Ordem Suliformes, que corresponde as aves aquáticas, da família Phalacrocoracidae. O biguá mergulha em busca de peixes e para facilitar seus mergulhos, com suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre elas. Para secá-las é comum vê-lo pousado com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d'água, em formação em “V”. Possui patas adaptadas para nadar, com membrana entre os dedos.

Sua plumagem é totalmente preta com saco gular amarelo, que fica localizado na cervical, possuindo no longo pescoço. Possui cabeça pequena, bico cinzento amarelado longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho. Íris azuis, pernas e pés palmados pretos. Na época da reprodução apresenta penas brancas beirando a garganta nua e com tufos brancos atrás das regiões auriculares. No período nupcial, as cores ficam mais vivas na plumagem de ambos os sexos. Não existe nenhuma diferença na plumagem entre o macho e a fêmea.

Vive em águas interiores e na orla marítima, também ocorrendo em rios, lagos, banhados, açudes, represas, estuários, manguezais e nas cidades em parques com lagoas. Descansam pousado na beira d’água, sobre pedras, árvores, estacas ou mesmo sobre cabos. Alimenta-se de peixes e crustáceos. Para capturar sua presa, mergulha a partir da superfície da água e, submerso, persegue-a. Um exímio mergulhador, não se contenta com os peixes da superfície. Come também girinos, sapos, rãs e insetos aquáticos.

É monogâmico. Na época do acasalamento, o ritual de corte envolve uma ampla gama de movimentos e sons, com as aves agitando as asas e movimentando o pescoço de maneira peculiar. Nidifica em colônias sobre árvores em matas alagadas, sarandizais, etc. O ninho é construído pelo casal. Os ninhos são geralmente compostos por uma camada externa espessa de galhos e gravetos, forrada com gramíneas moles e algas. A fêmea põe geralmente 3 a 4 ovos ovais, de cor azul a azul-claro, que são incubados pelo casal. O período de incubação varia de 23 a 26 dias. Os filhotes são alimentados por ambos os pais, que regurgitam o alimento em seus bicos. São alimentados até as 11 semanas de vida, e com 12 semanas já são totalmente independentes. Fora da época de reprodução, é geralmente solitário. Vive até os 12 anos em estado selvagem.

Sua distribuição geográfica estende-se do sudeste do Arizona (EUA) à Terra do Fogo, extremidade austral da América do Sul.