Ensino

Mais do que aprender, fazer parte dos processos de transformação

05/07/2021

16:15

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Acadêmicos de graduação, mestrandos e doutorandos estão construindo a Política do Estudante da UPF

Fazer parte, enquanto estudantes, dos processos de construção da aprendizagem é uma das formas de manifestação do protagonismo estudantil. Pensando nisso, a Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio do Setor de Atenção ao Estudante (Saes), conjuntamente com estudantes de diversas áreas do conhecimento, vem construindo a Política do Estudante. Liderada por acadêmicos, mestrandos e doutorandos, a ação envolveu todos os cursos da Instituição. Com a minuta aprovada, a partir de vários encontros realizados, o grupo agora formalizará o documento junto aos órgãos internos da Universidade e com a comunidade em geral. 

O objetivo central deste processo foi o de construir uma minuta a partir dos debates e das palavras dos estudantes, para isto foram realizados encontros a partir de Grupos de Trabalho, separados por áreas do conhecimento. À frente de um dos grupos, a acadêmica de Direito, Anna Gabert Nascimento, participou de debates e atuou na elaboração da minuta, que mais tarde foi apresentada aos demais discentes. 

No 8° nível do curso, ela integra o Saes desde 2018. Anna lembra que neste ano, buscando promover discussões sobre pautas de interesse coletivo, a equipe foi desafiada a tomar frente na construção da Política do Estudante da UPF. “Nós, estudantes bolsistas e voluntários do setor, passamos a nos reunir semanalmente para discutir pautas em torno de algumas concepções, como permanência, protagonismo e pertencimento estudantil. Além de claro, promovemos debates em torno de alguns pilares tão importantes para nossa vida acadêmica como a formação crítica que vem firmada na indisociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”, destacou.

Após este primeiro processo, que contou com a equipe interna e acadêmicos do Saes, o grupo partiu para a etapa de dar publicidade e legitimidade no processo de construção da Política. Desta forma, eles dividiram os cursos da Universidade em alguns Grupos de Trabalhos. 

Anna lembra, após a divulgação e chamamento via e-mail e pelo Aplicativo Sou UPF, mais de 500 estudantes se interessaram em participar da iniciativa. Outro ponto de destaque, segundo ela, foi o apoio dos diretórios acadêmicos. “Realizamos debates em cada um dos Grupos e, desta forma, os estudantes puderam expor seus posicionamentos do que já estava construído e promover contribuições ao documento, visando uma Universidade cada vez mais justa e acessível para todo e qualquer estudante. Destaco que, a política é elaborada para/com os estudantes e pelos estudantes, desta forma nada melhor que darmos vez e voz a estes. Além disto, com os debates, materializamos um aspecto tão precioso dentro da política, que é o protagonismo estudantil”, observa a acadêmica.

Fazer parte da história

Para Anna, o sentimento de fazer a diferença nos espaços em que ocupamos é incentivado desde os primeiros semestres dos cursos, seja pela troca com os professores, pelas aulas, na participação em grupos de pesquisa ou na inserção em projetos de extensão. “Nos honra e até mesmo emociona saber que esta política se perdurará durante muitos anos e estaremos deixando um enorme legado para as nossas e futuras gerações de estudantes. E por que não para toda a nossa comunidade?  A UPF vem se tornando ano após ano referência em todos os quesitos, sendo assim, firmar propósitos que tanto engrandecem esta instituição, deverá se pensarmos em um sentido mais ampliativo, proporcionar um crescimento nosso quanto sociedade”, frisa, destacando que a experiência ficará marcada em sua história acadêmica. 

No segundo ano do Mestrado em Agronomia, Helena Trindade passou a fazer parte do processo por meio Saes. “O espaço me proporcionou refletir sobre qual o papel do estudante dentro da UPF e qual o papel da Universidade perante os estudantes. Também trocamos ideias sobre as questões que precisamos melhorar e ampliar para fazer com que todos tenham condições de permanecer dentro da instituição até concluírem seus cursos, além de, possibilitar que todos se sintam incluso no ambiente Universidade”, pontuou, ressaltando que todos os participantes puderam dar suas contribuições pessoais, levando em consideração as necessidades de cada unidade acadêmica em que estão inseridos.

De acordo com Helena, a partir da minuta foi iniciado um processo coletivo de construção da Política, o que fortalece a importância do documento. “Em contato com os diretórios acadêmicos e estudantes da Universidade ouvimos relatos e ideias pertinentes para estarem presentes no documento. Por fim, acrescentamos no documento todos os apontamentos sugeridos pelos estudantes com o intuito de incluir todas as demandas”, pontua.

Também integrante do Saes, Maria Eduarda Kegler Ramos, acadêmica do quarto semestre do curso de Medicina, teve a oportunidade de participar da construção. 

Ela lembra que, por meio de encontros virtuais, em função da pandemia, a equipe que lidera o processo apresentou a minuta ao grande público, que pôde, a partir daí, contribuir com sugestões, críticas e apontamentos que melhorariam o sentimento de pertencimento dentro da Instituição, contribuindo também para suas trajetórias acadêmica. “O debate possibilitou o incremento de novas ideias, que englobam todos os cursos, e enriqueceu ainda mais o documento. Nessa etapa, ficamos muito contentes com o interesse e a participação dos alunos que auxiliaram no processo de desenvolvimento da política”, relata.

Para ela, a experiência de fazer parte da elaboração do documento será uma das marcas em sua formação. “Na minha vivência acadêmica, a experiência de ter participado da construção da Política do Estudante é muito expressiva, principalmente no que diz respeito a uma das concepções da própria política, que é o protagonismo estudantil. Aqui fomos autores e autoras na construção do nosso processo formativo, fortalecendo a nossa formação crítica, a permanência e a responsabilidade social universitária”, concluiu a acadêmica.

Próximos passos

Concluída a etapa de debates e feita a compilação do texto final da Política, o documento agora passara para os processos de aprovação nas instâncias institucionais. Essa fase dará a formalidade exigida para que a Política do Estudante seja oficial e possa ser aplicada. Para isso, o conteúdo será analisado pela Reitoria da UPF e, após, será apreciado pelo Conselho Universitário.

Para que todos possam ter acesso ao documento e participem coletivamente da sua aplicabilidade, os estudantes, juntamente com o Saes, promoverão a divulgação da Política por meio dos canais institucionais e também das redes sociais.

Anna reforça o convite para que todos os estudantes conheçam a Política, se apropriem dela e sejam fiscalizadores do processo. “Nosso desejo é que todos se apropriem desta política, dado que, assim como nossa Constituição Federal de 1988 nos garante vários direitos que são imensuravelmente importantes para nossa vida em sociedade, a nossa Política do Estudante UPF garantirá que nós tenhamos firmados e positivados em um documento que terá um propósito vinculativo, uma ainda melhor vivência na nossa passagem pela graduação ou pós-graduação”, considera.