Cultura

Brisa: a onça que viveu no Zoo e hoje faz parte do acervo do Muzar

12/07/2017

14:37

Por: Muzar

Durante sete anos, Brisa, uma onça fêmea, viveu no Zoológico da Universidade de Passo Fundo – UPF. Vinda do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul chegou em nosso zoológico no ano de 2000 por meio de uma permuta. Brisa encantava os visitantes no período em que permaneceu no Zoo. Porém, bastante debilitada nos últimos anos de vida, apresentava dificuldades de locomoção. O agravamento do quadro foi a causa de sua morte, no ano de 2007. Agora sua pele foi tratada e conservada, fazendo parte do acervo do Muzar. 

A onça-pintada o maior e mais forte predador onde vive. Todo o corpo possui pelagem fina e coloração amarelada, apresenta pintas pretas na cabeça, pescoço e patas. No dorso do animal, essas pintas formam rosetas que têm, no seu interior, um ou mais pontos. Vive em vários tipos de habitat, desde florestas até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado. No Brasil, está presente em todos os biomas: Amazônia, Pantanal, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Campos Sulinos.

É um animal carnívoro, sua dieta é composta de uma grande variedade de vertebrados de médio e grande porte, como: anta, queixada, cateto, capivara, paca, jacaré, cágado e peixes. Sua atividade pode ser tanto diurna quanto noturna. Apesar de ser terrestre, escala árvores e nada com agilidade. Necessita de grandes áreas para sobreviver, estas variam de 10 a 300 km², conforme a disponibilidade de recursos. 

Os machos e as fêmeas encontram-se somente no período reprodutivo. O cio tem duração de seis a dezessete dias, sendo que o período reprodutivo em ambientes tropicais pode ocorrer em qualquer época do ano. A gestação de uma onça dura 90 a 110 dias, podendo nascer de um a quatro filhotes, que alcançam a maturidade sexual entre três e quatro anos de vida.

No Brasil, ela praticamente já desapareceu da maior parte das regiões nordeste, sudeste e sul. A destruição de habitats aliada à caça predatória, fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas. A espécie é considerada “criticamente em perigo” no Rio Grande do Sul, de acordo com a Lista de Espécies da Fauna Gaúcha Ameaçadas de Extinção FZB (2014) e “vulnerável”, segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira IUCN (International Union for Conservation of Nature, 2010).