Cultura

Exposição “Chegadas e partidas: a memória das locomotivas por Glauco Pinto de Morais“ ao ar livre

24/08/2021

09:30

Por: Ellen Silveira/MAVRS. Edição: Assessoria de Imprensa

Fotos: Ellen Silveira/MAVRS

Mais de 900 passantes prestigiaram a exposição, que faz parte do projeto selecionado no Funcultura 2019

A Praça Largo Roseli Doleski Preto, no centro de Passo Fundo, recebeu, na quarta-feira, 18 de agosto, uma prévia da exposição “Chegadas e partidas: A memória das locomotivas por Glauco Pinto de Morais“. Estima-se que mais de 900 passantes tenham presenciado a exposição, montada em frente ao Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS) e Museu Histórico Regional (MHR).

A exposição na praça contou com a exibição de um vídeo produzido pela equipe dos museus, mostrando fotos e obras que fazem parte da exposição já montada dentro do MHR e que, futuramente, estará disponível para visitação ao público na reabertura dos museus. O vídeo traz sua narração a relação das obras do artista Glauco Pinto de Moraes e o desenvolvimento do município de Passo Fundo trazido pelo trem. 

Fora das paredes do Museu
Originalmente, a exposição foi pensada para ser exposta somente dentro dos espaços dos museus, porém, devido a pandemia de covid-19 a exposição sai das quatro paredes e toma a praça em frente ao prédio dos museus, com o intuito de apresentar à cidade as obras do artista plástico, Glauco Pinto de Moraes, natural de Passo Fundo, que retira o tema para suas composições do universo das engrenagens e do maquinário ferroviário. Além disso, por meio de fotos antigas da cidade é possível ver a transformação socioeconômica ocorrida no município.

Sobre a exposição 
Conforme o texto de abertura da exposição, escrito por Abner Henrique Lopes dos Santos, acadêmico do curso de História da UPF e ex-estagiário do Museu Histórico Regional, quando Glauco Pinto de Moraes começa sua vida artística, no fim da década de 1940, a ferrovia já tinha sua história consolidada em Passo Fundo. Uma greve armada já tinha agitado os trabalhadores da estação da Gare em 1917, Getúlio Vargas já havia a usado durante a Revolução de 1930 e a cidade desenvolvia-se em torno dos trilhos. Mas, em suas obras, a ferrovia que rasgou uma imensa parte do mundo, agora chega a um novo território: o da memória.

Com a exposição “Chegadas e Partidas”, o Museu Histórico Regional faz um movimento mecânico e orgânico ao mesmo tempo de retorno às memórias do artista através de suas obras, buscando entender os elementos que marcaram sua lembrança e a história por trás deles. Combinando história e arte, as engrenagens detalhistas de Glauco são colocadas dentro de um plano maior, não só inseridas dentro do imenso maquinário ferroviário, mas dentro de uma história abrangente que diz respeito a todos.