Pesquisa e Inovação

Arqueólogo que exumou o cadáver de João Goulart palestra hoje na UPF

26/09/2019

11:43

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Nesta quinta-feira (26), a Universidade de Passo Fundo (UPF) recebe o antropólogo e arqueólogo José María Mazz. Na oportunidade ele palestrará sobre “Arqueologia Forense - História, Justiça e Direitos Humanos”. Em 2013, José María trabalhou na exumação do cadáver do ex-presidente João Goulart, após testemunhos de que teria sido envenenado. O encontro ocorre a partir das 19h30min, no auditório da Faculdade de Direito, Campus I.

José Mazz é reconhecido pelos seus trabalhos de Arqueologia Forense em atividades de perito de órgãos internacionais como ONU, Cruz Vermelha, e comissões de identificação de desaparecidos em cemitérios clandestinos nas ditaduras militares. Também atuou no Brasil e coordenou as escavações arqueológicas sobre desaparecidos no Uruguai, que resultaram nos dossiês “Informe General de los Trabajos Arqueológicos en busca de los Detenidos Desaparecidos” e “Informe anual de trabajos antropológicos en busca de los detenidos desaparecidos”, entre os anos de 2009 e 2013, para a presidência da República e Secretaria para os DDHH daquele país.

Em 2013, José María López Mazz também trabalhou na exumação do cadáver de Jango, após testemunhos de que teria sido envenenado. A investigação foi realizada juntamente com uma equipe de especialistas internacionais coordenados pela Cruz Vermelha. As atividades foram relatadas no “Laudo final da pesquisa sobre a morte do Presidente João Goulart”. 

Mazz também é reconhecido pelas suas pesquisas sobre Charruas, Minuanos-Guenoas e Missões Jesuíticas, tema da palestra realizada na quarta-feira (25), juntamente com Diego Bracco. Além disso, é professor do Departamento de Arqueologia da Universidad de la República (UDeLaR), do Uruguai. Graduado em Ciências Antropológicas pela mesma instituição, fez mestrado em Arqueologia na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Francia; doutorado na Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle), Francia; e pós-doutorado em Gestión Integral del Patriomnio Arqueológico, na Universidad de Santiago de Compostela, Espanha.

É autor de diversos livros, destacando-se: Indicadores arqueológicos de violencia, guerra y conflicto en Sudamérica; Arqueología en el Uruguay;Arqueología Prehistórica uruguaya en el siglo XXI, com Andrés Gascue. Publicou em co-autoria com Diego Bracco: Minuanos: notas y apuntes para el estudio y la arqueología del territorio Guenoa/Minúan; e Charruas, pampas y serranos, chanés y guaranies - La insurreción del año 1686.

Além de seus laudos em Arqueologia Forense, José Mazz publicou os trabalhos “El ocultamiento de los cuerpos durante la dictadura militar en Uruguay (1973-1984)”; “Indicadores antropológicos y arqueológicos de violencia política en Uruguay”; “Um olhar arqueológico sobre a repressão política no Uruguai, “Arqueología, violencia política y derechos humanos” e “Excavation and frensic exhumarions in Uruguay”.