Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Carla Vailatti
Evento reuniu participantes locais do projeto e representantes da USP, UFPA e o idealizador e coordenador da iniciativa, o Dr. Tristan McCowan, da University College of London
Há quase dois anos a Universidade de Passo Fundo (UPF) conta com o Green Office, um espaço de transformação e de práticas que visam à sustentabilidade, tanto institucional quanto da sociedade. Durante essa trajetória, o projeto internacional Climate-U – Transformando Universidades para as Mudanças Climáticas, foi um grande parceiro. Fruto de parceria entre instituições do Reino Unido, Brasil, Quênia, Moçambique, Fiji, Índia, Marrocos e Tanzânia, o Climate-U ampliou a contribuição das universidades para lidar com as mudanças climáticas. O projeto chegou à sua conclusão, e, na segunda-feira, 12 de junho, a UPF recebeu integrantes locais, de outras regiões brasileiras e o coordenador da iniciativa, o professor Dr. Tristan McCowan, da University College of London (UCL), para o evento de encerramento.
Coordenadora do Green Office desde a sua instalação na UPF, a professora Dra. Luciana Brandli destaca que, ao observar as ações realizadas durante esses dois anos, a perspectiva é de dar continuidade ao trabalho. “Percebemos o quanto o projeto uniu e potencializou esforços na Universidade. Tanto que hoje temos aqui professores de várias áreas, é um evento super multidisciplinar, assim como o desenvolvimento sustentável também é”, evidenciou. Presente no evento, a reitora, Dra. Bernadete Dalmolin, ratificou a força que essa movimentação trouxe para a questão da sustentabilidade dentro da Universidade. “Olhando para a trajetória do Green Office, vejo que o projeto veio fortalecer, dar visibilidade, agregar e aprofundar essa temática, na Universidade e com os parceiros. Precisamos dessa articulação, entre nós e com as demais instituições, para realmente ganharmos impulso nessa área”, considerou a reitora.
De projeto a rede
Para o coordenador do Climate-U, Dr. Tristan McCowan, o encerramento do projeto marca o início de uma rede com novas configurações. O projeto envolveu 16 instituições em 8 países, e cada instituição pôde escolher as ações relacionadas ao desenvolvimento sustentável e às mudanças climáticas que iria desenvolver, considerando o contexto local. A ideia é que esse trabalho possa continuar, fortalecido por essa rede que se formou e segue sendo ampliada.
Tristan ressaltou os pontos positivos de ter a UPF como parceira. “Primeiro, cito o apoio institucional. Houve o compromisso da liderança da universidade, o que foi fundamental para converter o projeto em algo que possa ter durabilidade, que vá além. Outro ponto é a mistura de pessoas e de áreas disciplinares diferentes. Esse diálogo é muito importante, pessoas trabalhando de forma interdisciplinar. E, por fim, estão os vínculos com a comunidade. Esse fator da UPF, de ter fortes vínculos orgânicos com as comunidades que estão em volta, é um muito importante no sucesso desse projeto”, enumera.
Instituições parceiras
A UPF é uma das três universidades brasileiras que fizeram parte do Climate-U. Além da nossa Instituição, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) integraram o projeto, e estiveram representadas no evento desta semana na UPF.
Satisfeito por conhecer pessoalmente as equipes com as quais vinha trabalhando em colaboração, o professor Dr. Tercio Ambrizzi, da USP, afirmou que a proximidade entre as instituições vai continuar. “Já temos novos projetos juntos, e isso vai fortalecer ainda mais essa cooperação que foi criada”, destacou. Na mesma direção, o professor Dr. Salomão Hage, da UFPA, disse que a experiência deve se multiplicar em novas ações. “A riqueza da nossa rede é que somos muito diferentes em termos de região, e estamos construindo atividades que convergem”, considerou.
Espaço de aprendizado para os estudantes
Os estudantes, tanto de graduação quanto de pós-graduação e do ensino médio, são parte fundamental da atuação do Green Office. Entre as estagiárias, estão Gabriela Rodrigues e Victoria Sensolo, do curso de Ciências Biológicas. Para Gabriela, fazer parte do Green Office trouxe experiências muito ricas, como contato com a pesquisa e o desenvolvimento de habilidades além da graduação. “Tudo o que desenvolvemos nesses dois anos complementa o que aprendemos no nosso curso”, afirmou a estudante. O aprendizado e a atuação lado a lado com profissionais de diferentes áreas é outro ponto destacado pelas estudantes.
Cursando o segundo ano do Ensino Médio Integrado UPF, Ellen Dias também optou por atuar no Green Office. “Decidi participar porque tenho interesse nos temas de sustentabilidade e mudanças climáticas”, contou a estudante, que contribui nas ações de divulgação.
Novidade no mês de julho
O Green Office realizou uma pesquisa entre os estudantes da UPF, e os participantes demonstraram interesse em aprender mais sobre sustentabilidade. “A Universidade está entre as principais fontes de informação desse público, por isso estamos lançando um curso com esse tema”, evidenciou a coordenadora do projeto, professora Luciana Brandli.
O curso será realizado no mês de julho, terá 30 horas de duração e vai ser aberto à comunidade. “As aulas terão a participação de profissionais de diferentes áreas, que vão trazer suas visões sobre as questões da sustentabilidade e mudanças climáticas aplicadas às suas profissões. Os períodos de inscrições e de realização do curso serão divulgados em breve, assim como mais detalhes.
Galeria de Imagens
Notícias relacionadas