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IV Congresso Internacional de Estudos do Envelhecimento Humano reúne mil participantes

26/04/2018

17:54

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Natália Fávero

Abertura do evento ocorreu na quarta-feira, 25 de abril. Participam professores, pesquisadores, profissionais da área, alunos da graduação e da pós-graduação

O IV Congresso Internacional de Estudos do Envelhecimento Humano (CIEEH 2018) ocorre até sexta-feira, 27 de abril, na Universidade de Passo Fundo (UPF). A solenidade de abertura foi realizada na noite de quarta-feira, 25 de abril, no Centro de Eventos, e contou ainda com a conferência “Envelhecimento e longevidade: uma trajetória de investimento”, tema explorado pelo Dr. Ardigò Martino, da Universidade de Bolonha, Itália. O evento, que conta com conferências, mesas redondas, painéis e apresentação de trabalhos na forma de pôster, é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano (PPGEH) da UPF.

Participaram da mesa de abertura a vice-reitora de Graduação, Rosani Sgari, o vice-reitor Administrativo, Agenor Dias de Meira Junior, o diretor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff), Marcio Tellechea Leiria, a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano (PPGEH), Ana Carolina Bertoletti De Marchi, a presidente do Congresso, Lia Mara Wibelinger, e o secretário de Educação de Passo Fundo, Edemilson Brandão.

O evento, que tem como tema “Envelhecimento, diversidade e Longevidade”, objetiva estimular discussões sobre os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e políticos referentes ao envelhecimento humano, pressupondo os desafios que esse processo coloca na agenda das políticas públicas brasileiras e ainda uma posição permanente e autocrítica sobre a inserção multidisciplinar. 

O envelhecimento populacional traz uma série de desafios para a sociedade e demanda cada vez mais estudos que possam subsidiar políticas públicas e novas práticas cotidianas para que seja possível projetar, para um futuro próximo, um envelhecimento com qualidade de vida. Em termos de Brasil, as projeções demográficas apontam para um crescimento elevado do contingente de idosos, e milhões de brasileiros viverão mais tempo. “O Brasil está envelhecendo. Uma criança que nascer hoje no Brasil, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, viverá em média 79 anos. Esses números promissores de tempo de vida vêm, no entanto, acompanhados de preocupação com a falta de preparo do país em lidar com a população idosa”, destacou Lia Mara.

A vice-reitora de Graduação enfatizou a importância do evento e de a Universidade sediar o Congresso. “Ressalto o quão nobre é sediar um evento dessa magnitude. Acolhemos vocês com muito carinho. Esse evento reúne mil pessoas, isso merece ser registrado”, enfatizou Rosani.

“Envelhecimento e longevidade: uma trajetória de investimento”
O processo de envelhecimento exige que, entre os cuidados e a proteção à pessoa idosa, insiram-se os relacionados aos cuidados com a saúde, com as condições psicológicas e emocionais, com a inserção social, cultural e tecnológica do idoso. Aspectos educacionais e de formação de profissionais capacitados para enfrentar um mundo social que “envelhece” também é um desafio aos pesquisadores e profissionais.

O palestrante da conferência de abertura ressaltou o envelhecimento da população e ressaltou a importância de investimento, especialmente na prevenção de doenças crônicas. “Vivemos em um mundo que, por características demográficas, está mudando. Nos países que têm mais idosos do que jovens, a forma que as coisas andam é diferente. A sociedade fica mais conservadora, tem mais dificuldade para inovação. Um fator importante é que nesse contexto e em quase todo mundo, as doenças crônicas já ultrapassam as doenças agudas. É importante fazer a prevenção dessas doenças crônicas”, disse o palestrante.

O envelhecimento também muda os cuidados nas famílias. “Um casal jovem de 35 anos, por exemplo, tem que cuidar dos pais deles, que são quatro, os avós, que são mais oito, fora outros familiares idosos. Agora imagina esse contexto numa família pobre, onde as doenças crônicas são mais frequentes e a autonomia menor. Um casal jovem tem que cuidar de muitos doentes idosos e gasta muito dinheiro se os idosos não têm uma aposentadoria boa e se o estado não ajuda”, observa Martino. 

Mais informações sobre a programação do Congresso estão disponíveis no site do evento (cieeh.upf.br)