Pesquisa e Inovação

Pesquisa avança para a segunda fase

09/04/2020

13:13

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Novos equipamentos passarão por modificações de software e uma série de testes para melhorar a precisão e a qualidade nas medições. Pesquisa é desenvolvida pela UPF em parceria com o IFSul

Deve iniciar ainda nesta sexta-feira, dia 10 de abril, a segunda fase de produção dos protótipos de automatização baseado na ventilação manual de emergência, desenvolvidos pela Universidade de Passo Fundo (UPF) em parceria com o IFSul. Nesta etapa, três equipamentos serão desenvolvidos com componentes novos comprados a partir da doação realizada na última semana pela empresa BSBios. A expectativa dos pesquisadores é de realizar modificações de software para melhorar a precisão e a qualidade nas medições realizadas pelos equipamentos, além de passar por uma série de novos testes, para garantir seu pleno funcionamento.

Segundo um dos responsáveis pela pesquisa, o professor do curso de Engenharia Elétrica da UPF Dr. Adriano Luis Toazza, a previsão é que ainda nesta sexta o grupo receba o chassi onde serão montadas as novas unidades. “A partir da montagem, um dos equipamentos vai passar por um teste de continuidade, em que ele fica ligado direto para a gente monitorar questões como temperatura do motor, e como ele vai se comportar. Os outros, seguem a pesquisa para melhorar a qualidade do equipamento em relação às medições que estamos fazendo e o controle. É interessante o controle de frequência da respiração, da pressão, o tempo de inspiração e também o volume”, explicou o professor.

Ao contrário da primeira versão, que foi montada com materiais reciclados e que estavam disponíveis no momento, estes novos protótipos devem ser ainda mais precisos, seguindo exatamente o que foi projetado pelos engenheiros. “Agora já estamos trabalhando com o protótipo no formato que desenhamos. A primeira versão tem um monte de folga, foi construída como dava, coisas que não vamos ter no equipamento que nós vamos disponibilizar. Por isso, queremos testar de novo agora em várias frentes, coisas diferentes, para então finalizar o projeto”, destacou. Mesmo com peças novas, o equipamento desenvolvido na Universidade é 13 vezes mais barato do que os respiradores convencionais, tendo um custo médio de R$6 mil.

Ao longo da próxima semana, o professor espera contar com o apoio de profissionais da área da saúde para que ajudem a realizar os testes e avaliar os equipamentos. Após a conclusão desses novos protótipos a ideia é, de acordo com o professor, disponibilizar o projeto para que outras instituições possam desenvolver os seus, além de possibilitar que pessoas, entidades e até mesmo outros municípios interessados possam doar o valor de produção para adquirir esses respiradores. O objetivo inicial é de produzir cerca de 20 respiradores. Para viabilizar essa produção, o grupo passou a contar também com o auxílio de professores do curso de Engenharia de Produção que estão trabalhando de forma a organizar equipes de trabalho conforme diferentes cenários de demanda.

Toazza ressalta, no entanto, que mesmo após os testes, não haverá tempo hábil para certificar o equipamento e que ele segue sendo apenas uma alternativa em um cenário grave de desabastecimento em função da Covid-19. “Nossa ideia é deixar uma alternativa pronta, esperamos não precisar usar, mas caso seja preciso, nós teremos essa opção”, completou.