Cultura

Aljog UPF é um dos apoiadores do documentário "O Gato no Escuro – Fragmentos Audiovisuais"

05/04/2022

11:49

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Arquivo pessoal/ Coletivo Cênico Duovú

Bastidores da gravação interna de "O Cristo Mutilado",
um dos curtas do documentário

O livro de contos do escritor Josué Guimarães “O gato no escuro” inspirou um documentário, que será lançado, em breve, no Rio de Janeiro. O nome do documentário é “O Gato no Escuro – Fragmentos Audiovisuais”, projeto do Coletivo Cênico Duovú, do ator gaúcho Jossias Brauers e do ator carioca Luiz Henrique Castro. Esse projeto tem o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do edital “Cultura Presente nas Redes 2”, com apoio do Acervo Literário de Josué Guimarães da Universidade de Passo Fundo (Aljog/UPF).

A ideia do documentário surgiu em meio à pandemia, após outros projetos em andamento do Coletivo Cênico Duovú terem que ser interrompidos em razão da crise sanitária e humanitária imposta pela covid-19. Foi assim que o Coletivo passou a se dedicar aos editais emergenciais que o estado do Rio forneceu à cultura. Os atores foram contemplados no “Cultura Presente nas Redes 2”, voltado a trabalhos em formato audiovisuais e que serão divulgados em plataformas como Youtube e Vimeo.

Ator gaúcho Jossias Brauers e o ator carioca Luiz Henrique Castro 
do Coletivo Cênico Duovú

Foram escolhidos quatro contos da obra para o documentário: O Cristo Mutilado; Deus Salve a Rainha; O Pequeno Recruta; e o Beijo na Boca. “Para esse edital, estudamos a obra de contos do Josué ‘O gato no escuro’ e nos apaixonamos pelos contos desse livro. Foi quando tivemos a ideia de escolher quatro contos e transformá-los no audiovisual com uma linguagem moderna e ao mesmo tempo sem fugir dos costumes da época”, revela o ator gaúcho, de 35 anos, natural de Roca Sales, informando que, anteriormente, já estavam envolvidos com outra obra do Josué, “Um Corpo Estranho Entre Nós Dois”, que foi adaptada para uma peça teatral, projeto parado em virtude da pandemia.

Além dos quatro curtas, o documentário abrange os bastidores e depoimentos sobre a execução de cada um deles e a experiência dos atores com a obra de Josué. “Gravamos todos os curtas e estamos em fase de edição, tentamos buscar o mais fiel à obra e aos costumes, sendo que, como já foi dito, a obra de Josué é completamente atual e adaptável aos dias de hoje. Mesmo não havendo uma ditadura instaurada, vivemos sim momentos de censura no país e, muitas vezes, de abuso por parte do poder e seus governantes, com a diferença que hoje as pessoas possuem fala, por mais que muitas vezes não sejam ouvidas ou atendidas. Todas essas questões ficaram muito presentes na hora em que nos aprofundamos nas obras, causando e instigando tantas reações que só uma obra intimista como a de Josué seria capaz”, enfatiza Jossias, que é formado em Dança e Teatro, e há oito anos reside no Rio de Janeiro.

Os atores do Coletivo Cênico Duovú com o coordenador do Aljog,
professor Miguel Rettenmaier

Aljog colaborou para pesquisa
Para fazer o documentário, os integrantes do Coletivo precisaram estudar profundamente a obra e Josué. E nesse sentido, o Aljog foi parceiro no apoio ao projeto na colaboração com a pesquisa. O coordenador do Acervo discutiu com os integrantes do projeto, que ainda conta com a disponibilidade de Adriana Guimarães, filha do autor e herdeira do espólio. Para o professor Dr. Miguel Rettenmaier, coordenador do Acervo, esse tipo de iniciativa reforça o quanto a obra de Josué Guimarães é atual, mesmo que construída em um contexto e linguagem específicos, em resposta às demandas de um período político em particular. “A transcriação dos contos para outro código, o audiovisual, é essencial para a releitura de contos que ainda têm muito a dizer e a revelar”, pondera Rettenmaier.

Parceria muito importante para o Aljog, localizado no Campus I da UPF, em Passo Fundo, no norte gaúcho, com mais de 8 mil itens relacionados a Josué. “O apoio do Aljog foi imediato, entramos em contato com o Miguel, que ficou muito feliz com a nossa ideia e deu todo o apoio para que ela pudesse ser realizada, além disso fez a ponte do nosso contato com a Adriana Guimarães, filha do Josué. Está sendo uma experiência incrível”, destaca Jossias.

Para saber mais sobre o Aljog, acesse www.upf.br/aljog. Mais informações sobre o documentário “O Gato no Escuro – Fragmentos Audiovisuais” na página do Coletivo Cênico Duovú no Instagram (@coletivoduovu22).