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  2. 03/03/2022
  3. Ingresso

Uma imersão acadêmica no cuidado aos animais silvestres

O amor por animais silvestres fez com que o estudante Leonardo Splendor Biguelini não tivesse dúvidas na hora de escolher o rumo profissional a seguir. Ele decidiu cursar Medicina Veterinária na Universidade de Passo Fundo (UPF), já pensando em atuar junto ao Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) do Hospital Veterinário (HV) da Universidade. Como estagiário do grupo por mais de cinco anos, o estudante obteve inúmeras experiências que marcaram a sua vida acadêmica.

“Eu sabia que queria trabalhar com animais silvestres, mas não tinha certeza de qual profissão eu iria escolher, estava entre Medicina Veterinária, Biologia e Zootecnia. Até que um dia visitei um zoológico e acompanhei a rotina dos profissionais de lá e, junto com minha família, tomei a decisão, ‘se eu quero trabalhar com esses animais, por que não ser o médico deles?! E foi assim que escolhi a Medicina Veterinária’”, conta o acadêmico.

Num primeiro momento, a UPF não foi a escolha do estudante. Ele iniciou o curso em outra instituição de ensino e em seguida fez a transferência para a Universidade, com o foco de estagiar no Geas. O acadêmico afirma que ingressou no grupo já no primeiro semestre e comemora até hoje as duas conquistas, de ter entrado na UPF e ter sido selecionado para o estágio. “Quando consegui essas duas oportunidades, logo uma atrás da outra, para mim foi uma conquista muito grande, uma realização”, conta.

Experiências vividas na prática

O Grupo de Estudos de Animais Silvestres reúne acadêmicos dos cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas, que participam ativamente de todo o processo, como o resgate e o recebimento de animais silvestres, reabilitação, cirurgia, clínica, soltura ou destinação das espécies, da conversação ativa com órgãos fiscalizadores, entre outras ações. Além disso, o grupo também promove palestras acadêmicas e educação ambiental nas escolas. 

Durante o tempo em que foi estagiário do Geas, Biguelini conta que viveu experiências transformadoras e que impactaram diretamente na formação acadêmica. Uma delas ocorreu lá no início da trajetória envolvendo um Ouriço-cacheiro, que sofreu intervenção humana, por arma branca. “O paciente foi diagnosticado com miopatia de captura, TCE (Traumatismo Crânio Encefálico) e mais lacerações na pele”, lembrou o acadêmico, revelando que graças ao empenho da equipe e a boa resposta do ouriço, após quase um ano, o tratamento foi bem-sucedido e o ouriço passou pelo processo de reabilitação e soltura. 

“No momento da soltura, para mim foi muito especial. Foi uma mistura de sensações, de felicidade, cansaço, força, gratidão, um pensamento de que tudo aquilo que a gente fez, foi por algo maior e deu certo. Hoje, eu sei o quanto é difícil conseguir resultados como nesse caso”, afirma o acadêmico.

Para o estudante de Medicina Veterinária, o Geas proporcionou uma experiência única, já que viveu, praticamente, toda a vida acadêmica lá dentro. “Fiz amigos que levarei para a vida, tive muitas experiências e aprendizados. Aprendi a conviver em grupo e a importância de trabalhar em equipe. Sei que tenho muito que estudar e aprender ainda, mas tudo que eu sei sobre clínica, cirurgia, manejo, biologia, convivência, trabalho em equipe é graças ao Geas e também à minha dedicação”, afirma o acadêmico, que está no décimo nível do curso.

Segundo ele, a parte mais legal de estagiar no Geas foi ter a responsabilidade e oportunidade de acompanhar todo o tratamento dos animais. “O estagiário é encarregado desde a alimentação e limpeza de recintos dos pacientes, até na aplicação de medicamentos e manejos de tratamento dos mesmos. Ou seja, o estagiário também auxilia o médico veterinário na chegada do animal, como em contenção do animal, e realiza os exames clínicos após o veterinário, para ir aprendendo”, ressalta o acadêmico, ao pontuar.

“O Geas me preparou para o mundo de trabalho. Como qualquer outro acadêmico prestes a se formar, sinto um certo medo e insegurança, mas ao mesmo tempo me sinto preparado para exercer minha profissão com toda ética e dedicação aos animais e às pessoas”, destaca.

Inscrições para Ingresso Especial encerram nesta sexta-feira (4)

Ainda dá tempo de ingressar naquele tão sonhado curso de graduação em uma das melhores universidades do mundo pelo ranking internacional da Times Higher Education. Até esta sexta-feira, 4 de março, a Universidade de Passo Fundo (UPF) inscreve para o Ingresso Especial. Entre as formas de ingresso estão Transferência, que oferece descontos de até 90% nas mensalidades, Reingresso, Reabertura de Matrícula, Seleção Simplificada e Disciplina Isolada. As inscrições podem ser feitas no site www.upf.br/ingresso, em Ingresso Especial.