Autores

Affonso Romano de Sant’Anna

É um artista e intelectual diversificado e consistente que pensa o Brasil e a cultura do seu tempo, que se destaca como teórico, como poeta, como cronista, como professor, como administrador cultural e como jornalista.

Com mais de 50 livros publicados, foi considerado pela revista “Imprensa” (nos anos 90) como um dos 10 jornalistas que formam a opinião pública do país. Tendo se destacado nos movimentos de vanguarda que marcaram a literatura brasileira nos anos 60, notabilizou-se, resistindo durante a ditadura, por obras como “Que país é este” e “Politica e paixão”.

Professor em diversas universidades brasileiras –UFMG, PUC- RJ, URFG, UFF, foi também professor nas universidades da Califórnia (UCLA), koln ( Alemanha), Aix-en-Provence. Participou do International Writing Program em Iowa. Como ensaísta sua obra sempre se pautou pela inovação. Autor de cerca de 60 livros. Trouxe para dentro da universidade a problemática da música popular é também responsável por inserir (nos anos 70) pela primeira vez na universidade cursos sobre literatura infantil e juvenil. São bastante inovadoras obras como “Barroco do quadrado à elipse”, “O canibalismo amoroso” e “Desconstruir Duchamp”. Na área da crônica, substituindo Drummond no Jornal do Brasil, retrata o Brasil que não é apenas lírico, é dramático. 

Atento à inserção da poesia no cotidiano, produz poemas para rádio, televisão e jornais. Tendo vários poemas musicados (Fagner, Martinho da Vila, Rildo Hora), foi convidado a participação da Comissão de frente da Mangueira na homenagem a Carlos Drummond de Andrade, em 1987.

Obras indicadas:

Como se faz literatura 
Entre leitor e autor 
Que país é este?
Vestígios


Alice Ruiz

Poeta e compositora. Ministra palestras e oficinas de haikai no Brasil, desde 1990. 
Mais de 20 livros publicados de poesia, traduções e livros para crianças. 
Dois prêmios Jabuti de poesia e cinco livros incluídos no PNBE. 
Participação em antologias no Brasil, México, Argentina, Espanha, Irlanda, Bélgica e USA.
Como compositora tem parcerias com Arnaldo Antunes, Chico César, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Luiz Tatit, Ná Ozzetti, Waltel Branco, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, entre outros. 
Foi gravada também por Cássia Eller, Adriana Calcanhoto e Gal Costa, entre outros. 
Lançou, pela Duncan Discos, com Alzira Espíndola, o CD de música e poesia, "Paralelas", só de parceria das duas. 
Em 2007, Rogéria Holtz lançou o CD “No País de Alice”, só com letras de Alice Ruiz.

Obras indicadas:

Outro silêncio
Afrodite. Quadrinhos eróticos - com Paulo Leminski
Dois em um
Desorientais


Augusto Massi

É poeta e professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo desde 1990. Como poeta publicou: Negativo [SP: Companhia das Letras, 1991], Vida errada [RJ: 7 Letras, 2001] e Gabinete de curiosidades [com Lu Menezes, SP: Luna Parque, 2016].

Já como crítico, organizou Poesia completa de Raul Bopp [RJ: José Olympio, 2014] e a Poesia traduzida, de Carlos Drummond de Andrade [SP: Cosac Naify, 2011]. Também assinou o posfácio da Poesia reunida, de Adélia Prado [RJ: Record, 2015] e um ensaio para Aniki Bóbó, de João Cabral [RJ: Verso Brasil, 2016] 

Nos últimos anos, vem se dedicando aos livros de memória. Editou e prefaciou: Gaveta dos guardados, de Iberê Camargo [SP: Cosac Naify, 2009], Eu vi o mundo, de Cícero Dias [SP: Cosac Naify, 2011], Diário do hospício, de Lima Barreto [SP: Companhia das Letras, 2017] e Calvário e porres do pingente Afonso Henriques de Lima Barreto, de João Antônio [Editora 34].

Recentemente, estreou na literatura infanto-juvenil com Monstros do cinema, em parceria com Daniel Kondo [Sesi-SP Editora, 2016]. 

Obra indicada:

Negativo


Braulio Tavares

Nasceu em 2 de setembro de 1950 em Campina Grande e morreu em 8 de julho de 2014, quando a Alemanha fez o sétimo gol. Como tinha muitos compromissos, no entanto, continua trabalhando até hoje. Exerce diversas profissões não-remuneradas, entre elas: cientista visionário, comediante existencialista, escritor de literatura oral, filósofo popular, andarilho sedentário, individualista de esquerda.

Obras indicadas:

Sete monstros brasileiros
O flautista misterioso e os ratos de Hamelin
Histórias para lembrar dormindo


Cintia Moscovich

É escritora, jornalista e professora de criação literária. Com oito títulos individuais e participação em mais de três dezenas de antologias, é publicada em mais de dez países. Mereceu o Prêmio Guimarães Rosa, da Radio France Internationale, o Portugal Telecom na categoria de contos e crônicas, o Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional, além do Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.

Obras indicadas:

Arquitetura do arco-íris 
Por que sou gorda, mamãe? 
Essa coisa brilhante que é a chuva?


Conceição Evaristo

Nasceu numa favela da zona sul de Belo Horizonte. Teve que conciliar os estudos com o trabalho como empregada doméstica, até concluir o curso Normal, em 1971, já aos 25 anos. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde passou num concurso público para o magistério e estudou Letras na UFRJ.

Na década de 1980, entrou em contato com o Grupo Quilombhoje. Estreou na literatura em 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pela organização.

É Mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos em 2007.

Obras indicadas:

Olhos d’água
Insubmissas lágrimas de mulheres


Débora Ferraz

É escritora e jornalista. Seu primeiro romance, "Enquanto Deus Não Está Olhando", foi vencedor da 10ª edição do Prêmio Sesc de Literatura e do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria autor estreante com menos de 40 anos. Trabalha atualmente em seu segundo romance e cursa doutorado em escrita criativa na PUC-RS.

 


Felipe Pena

É jornalista, escritor e psicanalista, com doutorado em Letras pela PUC-Rio e pós-doutorado em Semiologia da Imagem pela Universidade de Paris, a Sorbonne 3. Foi visiting scholar da New York University e professor visitante da Universidade de Salamanca. Professor associado da Universidade Federal Fluminense, é autor de 15 livros, entre romances, biografias, crônicas e ensaios sobre comunicação e cultura. Foi duas vezes finalista do prêmio Jabuti, uma delas com o livro "No jornalismo não há fibrose" e outra com a biografia "Seu Adolpho". É colunista do jornal Extra, no Rio de Janeiro, diretor da Sociedade Brasileira de Estudos da Comunicação e roteirista de TV. Foi comentarista do programa Estúdio I da GloboNews, diretor de análise de conteúdo da Rede Globo e sub-reitor da Universidade Estácio de Sá.

Obras indicadas:

O marido perfeito mora ao lado
Jornalismo Literário


Julián Fuks

Paulistano nascido em 1981, Julián Fuks é autor de "A resistência", livro do ano de ficção no prêmio Jabuti de 2016 e segundo lugar no prêmio Oceanos, e de "Procura do romance" e "Histórias de literatura e cegueira", ambos finalistas dos mesmos prêmios. É doutor em teoria literária pela USP, e já escreveu na Folha de S. Paulo e nas revistas Entrelivros e Cult. Livros e textos seus já foram traduzidos para seis línguas e publicados em dez países. Em 2012, foi eleito pela revista inglesa Granta como um dos "melhores jovens escritores brasileiros".


Marina Colasanti

É poeta, narradora, jornalista e tradutora. Nasceu em Asmara, na Eritréia, viveu em Tripoli, na Líbia, e com o começo da II Guerra Mundial a família regressou à Itália. Em 48 transferiu-se definitivamente para o Brasil. Com formação em Artes Plásticas, ingressou em jornalismo e durante trinta anos trabalhou em jornais e revistas como redatora, editora e ilustradora. Teve destacada atuação nas questões de gênero, seja através dos seus artigos, que resultaram em quatro de seus livros, seja com participação direta como membro do Primeiro Conselho Nacional Dos Direitos da Mulher. Foi publicitária, muitas vezes premiada. Trabalhou em diversos programas televisivos como âncora, apresentadora e roteirista. 

Seu trabalho se destaca pela diversidade. Publicou mais de 50 livros, de contos, crônicas, poesia, ensaios e literatura infanto juvenil. É considerada revitalizadora por excelência dos contos de fadas, reunidos recentemente em seu livro "Mais de 100 Histórias Maravilhosas". Traduziu para o português importantes obras da literatura universal. É sua própria ilustradora.

Obras indicadas:

Como uma carta de amor
23 histórias de um viajante
 Mais de 100 histórias maravilhosas
Hora de alimentar serpentes


Mário Corso

É psicanalista, membro da APPOA. Psicólogo pela UFRGS. Em 2002 lançou Monstruário – Inventário de Entidades Imaginárias e de Mitos Brasileiros, editora Tomo, Menção Honrosa do Jabuti. Publicou Fadas no Divã: psicanálise nas histórias infantis, em 2005, e Psicanálise na Terra do Nunca: ensaios sobre a fantasia, em 2010, ambos pela Ed. Artmed junto com Diana Corso. Em 2014 publicou A história mais triste do mundo, Editora Bolacha Maria, Prêmio Açorianos de Literatura Infantil de 2015. Publica artigos, ensaios e crônicas em Zero Hora e em diversos meios de comunicação.

Obra indicada:

Monstruário. Inventário de entidades imaginárias e de mitos brasileiros


Mário Rodrigues

O pernambucano Mário Rodrigues é pós-graduado em língua portuguesa, e leciona aulas de português, literatura e redação.

Em 2016, venceu o Prêmio Sesc de Literatura com o livro de contos Receita para se fazer um monstro. Trata-se de uma coletânea de contos que transporta o leitor à infância dos anos 1980. O conjunto de brincadeiras e descobertas compõe um quadro trabalhado entre a dureza e a ironia, o que nos remete à própria origem da brutalidade que reside na alma dos personagens. Esse retrato cruel dialoga com os nossos dias, evidenciando as pequenas violências que existem em cada um de nós.


Michel Laub

Nasceu em Porto Alegre, em 1973, e vive hoje em São Paulo. É autor de sete romances, entre eles "Diário da Queda" (2011) e "O tribunal da Quinta-Feira" (2016). Seus livros foram publicados em doze países e nove idiomas, além de receber diversos prêmios no Brasil e exterior. 

Obras indicadas:

O tribunal da quinta-feira 
A maçã envenenada 
Diário de queda


Nádia Battella Gotlib

Livre-docente pela Universidade de São Paulo, atuou como professora de Literatura Portuguesa e de Literatura Brasileira na USP. Foi pesquisadora Sênior do CNPq. Atualmente é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da USP. Foi professora visitante de várias universidades brasileiras federais, estaduais e particulares. E no exterior foi visiting fellow junto ao Oxford University Centre for Brazilian Studies e Senior Assistant Membre (SAM) junto ao St. Antony’s College, da Universidade de Oxford (1998). Ministrou cursos pela Cátedra de Estudos Brasileiros da Universidade de Buenos Aires. Coordenou o ‘GT A mulher na literatura’ da ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística). Organizou, com Walnice Nogueira Galvão, o livro Prezado Senhor, Prezada Senhora (São Paulo: Companhia das Letras, 2000), que reúne textos de vários autores referentes a epistolografia. Organizou edição de texto até então inédito de Elisa Lispector, Retratos Antigos, publicado pela UFMG em 2011. Publicou vários artigos e ensaios na área de literatura, incluindo alguns sobre ‘cartas’. Publicou também 11 livros, entre eles: Teoria do conto. (12 ed. São Paulo, Ática, 2012; Tarsila do Amaral, a modernista(4 ed. São Paulo, SENAC, 2012; Clarice, uma vida que se conta. 7a ed. rev. e aum. São Paulo: Edusp, 2013; Clarice Fotobiografia. 3a ed. rev. e aum. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2014. Esses dois últimos foram traduzidos para o espanhol, respectivamente em Buenos Aires (pela Adriana Hidalgo editora, em 2007) e no México (pela DGP-Conaculta/S Consultores en Diseño/Cooperativa La Joplin, em 2015).

Obras indicadas:

Clarice: uma vida que se conta 
Clarice fotobiografia


Pedro Antônio Gabriel Anhorn

Nasceu no coração do mundo. Mais precisamente em N´Djamena, no ano de 1984. Passou a parte mais bonita de sua infância na África, alternando entre a capital do Chade e o arquipélago de Cabo Verde. É filho de mãe brasileira e pai suíço, mas foi alfabetizado em francês.

Sem saber falar português corretamente, chegou ao Brasil em 1996 com uma mala cheia de brinquedos e lembranças. A partir da dificuldade na adaptação ao idioma, começou a prestar mais atenção na grafia e na sonoridade das palavras, a brincar com elas, a tentar entendê-las. Transformou esse distanciamento de 12 anos em poesia. Cada vez que desenha ou escreve, tem a sensação de pagar uma dívida com a sua língua materna. Sua arte o aproxima do que ele é.

Em outubro de 2012, inaugurou a página “Eu me chamo Antônio” nas redes sociais para compartilhar o que rabiscava com caneta hidrográfica em guardanapos nas noites em que batia ponto no Café Lamas, um dos bares mais tradicionais do Rio de Janeiro. É publicitário, formado pela ESPM-RJ, e autor dos livros, Eu me chamo Antônio (2013); Segundo – Eu me chamo Antônio (2014); e Ilustre Poesia (2016). Todos publicados pela Editora Intrínseca.

Obras indicadas:

Eu me chamo Antônio 
Segundo – Eu me chamo Antônio
Ilustre Poesia


Rafael Coutinho

É quadrinista, artista plástico e editor. Nascido em São Paulo em 1980, se formou em Artes Plásticas pela UNESP em 2004. Como autor, é conhecido pelos livros Cachalote, parceria com o escritor Daniel Galera (Quadrinhos na Cia - 2010), O Beijo Adolescente 1, 2 e 3 (ed. Cachalote) e As Aventuras do Barão de Munchausen(ilustrador, Cosac Naify - 2014) e Forrest Gump (Ed. Aleph -  2016). Como editor, foi dono do selo Cachalote/Narval (2010-2016) e do site de quadrinhos Nébula, do Medium (2015). Como curador, participou dos eventos Bienal de Quadrinhos 2016 e da exposição Ocupação Laerte, no Itaú Cultural (2015), além de coordenador e idealizador do evento DES.GRÁFICA, no MIS-Museu da Imagem e do Som – SP (2016).

Obras indicadas:

Mensur
Cachalote
O beijo adolescente
O beijo adolescente 2


Roger Mello

É ilustrador, escritor e diretor de teatro. Vencedor do Prêmio Hans Christian Andersen na categoria Ilustrador, concedido pelo International Board on Books for Young People (IBBY) e considerado o Prêmio Nobel de Literatura Infantil e Juvenil. É hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Vencedor de 10 Prêmios Jabuti. Roger recebeu o Chen Bochui International Children’s Literature Award como melhor autor estrangeiro na China.

Obra indicada:

W


Zeca Camargo

Iniciou sua carreira como repórter em 1987 quando trabalhava na Folha de S. Paulo e foi enviado para Nova York, EUA. Quando retornou ao Brasil, foi chamado para trabalhar na MTV. Lá tornou-se diretor de jornalismo e apresentou o programa "MTV no Ar". Em 1994, passou a comandar o programa "Fanzine" na TV Cultura e mais tarde virou editor da revista "Capricho". Depois disso, em 1996, foi chamado pela Rede Globo para apresentar o quadro "Altos Papos" no Fantástico. Também no canal apresentou o reality show "No Limite". Hoje é escritor, editor-chefe e apresentador do "Fantástico".