Pesquisa e Inovação
Inovação para solucionar problemas da saúde pública
29/03/2022 13:30
Por: Assessoria de Imprensa Fotos: Caroline Lima
Desafios e oportunidades na área da saúde estiveram em debate na 6ª Jornada de Inovação da Saúde que mobilizou regiões Produção e Norte
O avanço da tecnologia tem transformado cada vez mais a realidade da sociedade, fazendo com que as soluções tecnológicas cheguem até a área da saúde como forma de facilitar os atendimentos e buscando oferecer mais qualidade nos serviços prestados. Neste sentido, com o tema “Ecossistema regional de inovação na saúde pública: desafios e oportunidades”, agentes públicos e privados das regiões da Produção e Norte debateram o tema durante a 6ª Jornada de Inovação da Saúde, nesta segunda-feira, 28 de março. O evento realizado pelo programa Inova RS, no Centro de Distribuição da Rede de Farmácias São João, contou com diversos parceiros, entre eles, a Universidade de Passo Fundo (UPF).
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O seminário, que também foi transmitido pelo canal do Parque Científico e Tecnológico da UPF (UPF Parque) no YouTube integrou as ações do projeto “Inovação em Saúde Pública”, que é coordenado pela gestora UPF Parque, Teofanes Foresti Girardi. “Este projeto representa uma iniciativa colaborativa e articulada da região Produção e Norte com o objetivo de contribuir para criação de soluções inovadoras para os desafios em saúde da nossa região e para implementação e desenvolvimento de tecnologias e melhorias na prestação de serviços e cuidados na saúde pública”, ressaltou a gestora durante a abertura do evento.
Parcerias estratégicas que visam promover inovação na saúde
A sexta edição do evento teve entre os debatedores o professor e coordenador do Centro de Simulação Realística da UPF, Me. Vinícius Buaes Dal Maso, que apresentou como a realidade virtual potencializa desde a formação dos profissionais da saúde até o melhoramento da saúde pública, por meio da interdisciplinaridade.
“Encaro a simulação realística como uma metodologia na qual insere o profissional da saúde num ambiente prático. Os acadêmicos saem do método tradicional de ensino e vão para um método ativo, onde o rendimento e a retenção de conteúdo é maior do que uma aula teórica. Nesse método, os estudantes aprendem com segurança a fazer o certo utilizando desde manequins até robôs de alta fidelidade”, explicou o professor.
O painel ainda contou com a participação do professor da UPF e responsável pela empresa Donna Safe, Francisco Madalosso de Bittencourt; da coordenadora setorial da cadeia produtiva da Saúde do Sebrae RS, Paula Rezende; da professora da URI Erechim, Dra. Geciane Toniazzo Backes; da secretária municipal de Saúde de Carazinho e professora da Ulbra, Me. Anelise Schell Almeida; de Marcelo Borghetti, diretor administrativo do Hospital Cristo Redentor de Marau; e André Menegazzo, diretor de Planejamento Estratégico da Rede de Farmácias São João.
Como um ecossistema regional pode fazer a diferença?

que é preciso criar uma cultura de pesquisa no Brasil
A segunda parte do encontro foi à distância com o professor Dr. Luiz Vicente Rizzo, médico e diretor superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e teve a mediação do diretor corporativo de Desenvolvimento Humano e Organizacional do Hospital São Vicente de Paulo, Julio César de Bem.
De acordo com Rizzo, os ecossistemas locais fazem a diferença e a potencialização do trabalho se dá pela definição de prioridades. “É importante, primeiramente, entender qual é a vocação da região e usar a necessidade como mola propulsora dessa inovação, seja porque é a área com maior necessidade ou porque é a de maior conhecimento, capacidade tecnológica e intelectual para trabalhar”, pontuou, ao destacar que para solucionar um problema é necessário primeiramente apontá-lo, para depois pensar o quanto custa. “Não se resolve um problema com dinheiro, mas com solução. A solução pode custar dinheiro, mas a primeira coisa que precisa ter é a solução, dinheiro é em segundo lugar”, disse ele, se referindo à criação de produtos e serviços tecnológicos.
Quando questionado sobre como incentivar a cultura de pesquisa e inovação na região ele pontuou que o brasileiro já possui um aspecto natural para criar facilidades, mas precisa melhorar na questão da pesquisa. “Uma das formas de fazer isso é trabalhando desde os níveis mais primordiais na educação infantil”, pontuou o médico, citando a iniciativa Cientistas do Amanhã, do Albert Einsten, que trabalha ciência com crianças e adolescentes. “Inspirar as crianças é um passo muito importante, precisamos colocar elas em contato com cientistas e criar condições para elas se desenvolverem”, destacou, pontuando que quando ele ingressou na instituição, o Einsten publicava 60 trabalhos científicos por ano em revistas indexadas e ano passado foram publicados 954. “É um belo salto”, afirmou.
Inova RS
O Inova RS é um programa que visa incluir o Rio Grande do Sul no mapa global da inovação, a partir da construção de parcerias estratégicas entre a sociedade civil organizada, setores empresariais, acadêmicos e governo. Ele trata a inovação como estratégia de desenvolvimento local, econômico e social das regiões em que está inserido e busca tornar o Estado uma referência global de inovação.