Descobertas e diversão marcam atividade do PPGL com estudantes do ensino fundamental

O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) e o curso de Letras da Universidade de Passo Fundo (UPF) promoveram, na quinta-feira, 13 de outubro, uma manhã de descobertas e invencionices, com os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Aloysio Hofer, de Chapada. A temática central das atividades realizadas foi a manifestação poética na aquisição da língua, tema materializado nos arranjos enunciativos da exposição “Era uma vez... narrativas de crianças na pandemia de Covid-19: discursos que reinventam o mundo”, no Espaço Sense da UPF, e nas narrativas literárias do Mundo da Leitura. 

As crianças foram as grandes protagonistas das atividades, conduzidas pela bolsista do PPGL, Ana Carolina Boldori, e pelos bolsistas do curso de Letras, Gabriela Golembieski, Lucas Favaretto, Maria Luiza Winik Drum e Rudimar Risso de Oliveira Junior. Os bolsistas atuam no Projeto de Pesquisa Narrativas de crianças na pandemia de Covid-19: deslocamentos no simbólico da linguagem, coordenado pela professora Dra. Marlete Sandra Diedrich, com apoio da Fapergs.

Numa proposta interativa, a visita à Exposição promoveu o relato de cenas vividas pelas crianças durante a pandemia, com manifestações faladas, escritas e desenhadas, numa clara identificação com o mundo narrado na Exposição. Para além das fronteiras do Espaço Sense, as crianças visitantes ocuparam mesas e corredores do Centro de Convivência, numa demonstração da expansão da vida que ocupa a universidade pós-pandemia. 

Na sequência das atividades, os visitantes foram recebidos pela equipe da Biblioteca Central e vivenciaram, com gosto e realização aparentes, os protocolos de entrada numa biblioteca universitária: guardaram as mochilas nos armários, mantiveram a chave dos armários em segurança em suas mãozinhas, como se universitários fossem. No espaço do Mundo da Leitura, a tentação do escorregador convidativo e dos livros fantásticos tomou conta de todos: a aura da infância lúdica ditou os rumos da interação – primeiro, tempo para brincar; depois, para ouvir histórias de adivinhação, narradas na obra Contos de Adivinhação, de Ricardo Azevedo; e, por fim, tempo para fazer suas próprias adivinhações: O que é o que é que cai em pé e corre deitado? O que tem no meio da rua e na ponta do ar?

Segundo a professora, a experiência vivida confirmou o que diz Émile Benveniste. “A linguagem serve para viver".  Além disso, "o espaço universitário está vivo e encontra na linguagem uma maneira de resistir às dificuldades do seu tempo. Prova disso é o afeto manifestado na fala de uma das crianças, que, ao se despedir, disse muito obrigada, professora, mas eu queria ficar mais”, comentou Marlete.

O Projeto seguirá com novas agendas com escolas e comunidade em geral ao longo do ano de 2022. O contato pode ser feito pelo e-mail da coordenação exposicaonarrativas@gmail.com. 

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