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  2. 19/03/2015
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UPF e Agral firmam parceria para pesquisa colaborativa

Cumprindo sua missão de promover a transferência, para as empresas, de tecnologia produzida na Universidade, a Agência de Inovação Tecnológica da Universidade de Passo Fundo (UPFTEC/UPF) conduziu a negociação e a assinatura do primeiro projeto de pesquisa colaborativa, numa parceria da UPF, por meio do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PPGCA), com a empresa passo-fundense Agral Indústria de Equipamentos Eletrônicos, que desenvolve equipamentos de agricultura de precisão.

A parceria iniciou ainda em 2013, quando a Agral participou do Projeto Extensão Produtiva e Inovação, coordenado pela UPFTEC e que consiste em um processo de consultoria e assessoria para as indústrias da região. No início de 2014, a UPFTEC buscou a aproximação da empresa com o curso de Ciência da Computação, para pesquisas e trabalhos voltados à área de agricultura de precisão. No mesmo ano, foi formalizado um convênio de cooperação, que definiu o objeto de pesquisa para um primeiro projeto conjunto: o estudo para o desenvolvimento de uma plataforma para integração e disponibilização, por meio de serviços WEB, de dados provenientes de sensores de maquinários agrícolas e coletores agrometeorológicos.

Importância da pesquisa colaborativa
Conforme o coordenador da UPFTEC, Giezi Schneider, alavancar esse tipo de parceria entre empresas e a Universidade é um dos objetivos da UPFTEC. Segundo ele, desenvolver projetos em parceria aumenta as chances de que a transferência de tecnologia ocorra. “Muitas vezes, a Universidade gera tecnologias de ponta e muito eficazes, mas que não estão alinhadas com as necessidades de momento das empesas, e isso dificulta a transferência de tecnologia”, destaca. Ocorre o contrário quando o projeto de pesquisa é realizado conjuntamente, ou seja, universidade e empresa se comprometem e participam da execução. Essa configuração é denominada pesquisa colaborativa.

Para Schneider, muitas empresas buscam a universidade com a expectativa de encontrar um serviço que, ao final de um determinado tempo, venha entregar um produto. No caso da Agral é diferente, pois a empresa entende no que consiste um processo de pesquisa. “A equipe está satisfeita com a parceria, que terá a participação de alunos bolsistas. Essa empresa vem colocar recursos intelectuais, para que ao final da pesquisa se tenha resultado. Temos um contexto positivo, com recursos para desenvolver o trabalho, sejam eles humanos ou tecnológicos, com agregação de valor na formação de alunos de graduação e pós-graduação”, salienta, pontuando que propostas como essa exigem o alinhamento de expectativas e o desafio é proporcionar que outros casos similares se repitam na Instituição.

Pesquisa e desenvolvimento
A equipe técnica responsável pelo desenvolvimento do projeto será coordenada pelo professor Willingthon Pavan, do PPGCA, e terá colaboração dos professores Carlos Amaral Holbig e Jaqson Dalbosco, do bolsista do PPGCA Maurício Karrei e de acadêmicos de graduação, que atuarão como estagiários. De acordo com Pavan, dentro do acordo de cooperação será desenvolvida a pesquisa de soluções computacionais que permitam a centralização de informações. “São dados recebidos dos equipamentos desenvolvidos pela Agral, que vão transmitir informações para um local específico. Temos trabalhado com tecnologia em computação em nuvens e sistemas distribuídos para que essas informações possam ser recuperadas em outros tipos de equipamentos e fontes”, comenta.

Busca por inovação
A parceria da UPF com a Agral vem de longa data, tendo iniciado com a formação de seu diretor, Leandro Bonfante, no curso de Engenharia Eletrônica. Posteriormente, se deu por meio de acadêmicos realizando estágios na empresa e, ainda, com a participação no Projeto Extensão Produtiva e Inovação, e , na sequência, com a assinatura  do convênio para a pesquisa colaborativa. “Por meio da assessoria, em conversa, chegamos à conclusão de que era preciso aproximar a estrutura da universidade com a estrutura da indústria e fizemos isso por meio desta parceria”, comenta o diretor da Agral.

A expectativa da empresa é poder aliar o seu conhecimento voltado ao desenvolvimento de produtos com o conhecimento que a Universidade detém, de desenvolvimento de tecnologias. “Faremos essa pesquisa para que, no futuro, se torne inovação. Certamente, a parceria vai agregar qualidade em nosso produto, que, ao final dessa etapa, será transformado em um produto de qualidade, pela base teórica que será aplicada, diferente daquela que hoje é utilizada na indústria”, comenta Bonfante, enfatizando que, além dessa troca, a parceria também fará a capacitação de recursos humanos para, posteriormente, serem absorvidos pela própria indústria.