- 11:48
- 20/03/2018
- Ensino
Acadêmicos de Fonoaudiologia realizam ação de conscientização sobre disfagia
Tosse frequente durante ou após comer e beber, engasgos, sensação de alimento parado na garganta ou mesmo dificuldade ou lentidão durante a alimentação pode ser disfagia. O dia 20 de março começou a ser marcado como o Dia de Atenção à Disfagia em razão da publicação de uma resolução em 2010, que dispõe sobre as atribuições e competências relativas à especialidade em Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.
Para alertar sobre a disfagia, um grupo de acadêmicos do curso de Fonoaudiologia da Universidade de Passo Fundo (UPF) desenvolveu uma ação em parceria com o serviço de fonoaudiologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). Coordenada pela professora Lisiane Siqueira, que também coordena o curso de Fonoaudiologia da UPF, a ação ocorreu nos dias 16 e 17 de março, com triagens para detecção de risco para disfagia em 10 postos do hospital, totalizando 166 pacientes. “Foram encontrados índices de 43,98% de risco para disfagia, 24,7% de baixo risco e 19,28% de alto risco”, comenta a professora.
Participaram da ação 56 alunos das disciplinas de Triagem Fonoaudiológica e Fono Hospitalar, ministrada pelas professoras Lisiane, Daila Urnau, Laura Cristina Giacometti e Sabrina Reginato. “Os dados encontrados sobre a porcentagem de risco para disfagia serão divulgados no hospital como forma de atenção a esse importante sintoma”, explica a coordenadora. Segundo ela, as alterações da deglutição são diagnosticadas e tratadas conjuntamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função.
Disfagia
A disfagia, segundo a fonoaudióloga, não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindível a orientação e o tratamento adequados. “Além de provocar problemas emocionais e isolamento social, a disfagia traz consequências tais como: desidratação, desnutrição e pneumonia, podendo chegar ao óbito”, destaca. Conforme Lisiane, a atenção e o auxílio a pessoas com dificuldades em engolir são importantes para diminuir as complicações provocadas pela disfagia. “Ao sinal de qualquer alteração, é importante procurar um fonoaudiólogo”, finaliza.