Universidade

Como a ciência, a inovação e a tecnologia contribuem para a solução de problemas globais?

28/09/2021

17:13

Por: Assessoria de Imprensa

O tema foi abordado durante a abertura oficial da VIII Semana do Conhecimento da UPF

Norteada pelo tema “A transversalidade da ciência e da tecnologia e inovação na solução dos problemas globais”, a VIII Semana do Conhecimento foi aberta oficialmente na noite desta segunda-feira, 27 de setembro. A programação do evento ocorre no formato on-line até quinta-feira (30) e integra diversas atividades, como sessões de apresentações de trabalhos, oficinas, diálogos e webconferências internacionais. 

Com mediação da reitora da UPF, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin, o encontro de abertura debateu a temática do evento com os convidados Dr. Jorge Luis Nicolas Audy, da PUCRS; Dra. Yoná da Silva Dalonso, pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da Univille e presidente do Forext; e João Pedro Mazuco Rodriguez, acadêmico de Engenharia de Computação e bolsista de iniciação científica do Pibic CNPq UPF.

O painel foi transmitido ao vivo pelos canais do Youtube da UPF TV e da UPF.

A transversalidade é reconhecida como um atributo fundamental, efetivo e atual nas agendas voltadas ao desenvolvimento sustentável e pela integração das dimensões econômica, social e ambiental. A reitora da UPF, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin, destacou que a Semana do Conhecimento instiga a curiosidade e reforça o trabalho em torno do incentivo, da partilha, da ciência, da tecnologia, da inovação, refletindo sobre como é possível fazer frente a tantos desafios que afetam a sociedade todos os dias. 

Contexto de rápidas e profundas transformações

Para o professor Jorge Audy, que atua há 38 anos na PUCRS, o mundo vive um contexto de transformações não apenas profundas, como rápidas. “O que assusta não são as mudanças em si, mas a velocidade com que elas ocorrem no mundo dos negócios e também em outras dimensões da vida”, enfatizou, ao salientar. “Sobre a perspectiva da Universidade, é a organização humana que mais sentiu esse processo de transformação”, afirmou.

Conforme mencionou em sua fala, as universidades comunitárias vivem um novo momento, que exige a expansão do foco tradicional na formação, capacitação, ensino e pesquisa, agregando à sua missão a atuação direta nos processos de desenvolvimento econômico, cultural e social da sociedade. “O protagonismo e importância da Universidade é grande e isso só acontece a partir do momento em que as pessoas que a compõem mudam o mindset e o atualiza para o século XXI, pois, para sairmos do lugar onde nos encontramos e irmos para o lugar onde a mágica acontece, é necessária essa visão de futuro, de liderança e muita energia para que possa se deslocar da zona de conforto”, pontua.

A professora Yoná da Silva Dalonso concentrou seu discurso em algumas megatendências projetadas para o futuro, baseadas em quatro forças primárias: tecnologias exponenciais; globalização redefinida; emergência da geração z; e impactos extremos das alterações climáticas. “Todas essas questões profundas e altamente transformadoras partem do princípio de que é preciso, de forma emergencial, vermos essas mudanças e acompanharmos essas tendências”, salienta, destacando a necessidade de sermos disruptivos. “Nada será como antes. Vivemos numa sociedade em plena, intensa e acelerada transformação e nós temos que ter plena certeza de que a ciência continua sendo o melhor caminho para as respostas das grandes questões da humanidade”, observa.

Sede por conhecimento
A inquietude e a vontade de aprender fizeram com que o jovem João Pedro Mazuco Rodriguez, graduado em Ciências da Computação, acadêmico de Engenharia de Computação e bolsista de iniciação científica do Pibic CNPq, se envolvesse desde o início da primeira graduação com pesquisa e extensão. Ele utiliza a inteligência artificial para desenvolver softwares para a solução de problemas diversos, entre eles, nas áreas da saúde e agricultura.

“Desde o início da faculdade até agora o que não mudou foi a sede de aprender. Toda a minha trajetória foi agregadora e fez muita diferença utilizar o campo universitário da melhor maneira possível”, afirma ele, que já participou de dois projetos de extensão e dois projetos de pesquisa, como bolsista e também como voluntário. “Tentei usufruir do que a Universidade disponibiliza, que é de muita qualidade. Então acho que quem tem o privilégio assim como eu tive de poder usufruir deste tempo na Universidade eu acho que é muito válido”, garante.

Ao encerrar os trabalhos da noite de abertura da ‘Semana’, o vice-reitor de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Assuntos Comunitários vice-reitor, professor Dr. Rogerio da Silva agradeceu as cerca de 900 pessoas que acompanharam o evento ao vivo. “A todos fica uma certeza com as falas de hoje: o quanto a pesquisa, a extensão e a inovação são, sem sombra de dúvidas, diferenciais que nós, universidades comunitárias, podemos oferecer para a formação dos nossos alunos. Nosso desafio é levar cada vez mais a um número maior de alunos e se percebe claramente esse diferencial que fez ao João Pedro, que aqui representou nossos estudantes. Esta foi uma noite de grande relevância, conhecimento e inspiração para todos que nos acompanharam ao vivo hoje”, comemorou.