Ensino

Seminários na UPF debatem o ensino de língua e literatura

10/10/2018

19:00

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Eventos tiveram início na noite dessa terça-feira, 9 de outubro, com a conferência da professora Barbara Hlibowicka-Weglarz, da Polônia

A Universidade de Passo Fundo (UPF) sedia, ao longo desta semana, o 7° Seminário Nacional e 1° Seminário Internacional de Língua e Literatura – Teoria e Ensino: vozes, linguagens, contextos; o 10º Seminário de Ensino de Línguas Estrangeiras (Seles) e o 6º Seminário de Ensino de Língua Materna (Selm). Promovidos pelo curso de Letras e pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Instituição, os eventos tiveram início nesta terça-feira, dia 9 de outubro, e seguem até quinta-feira, dia 11. A abertura dos eventos ocorreu no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Feac), com a presença do vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UPF, Dr. Antônio Thomé; da diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Dra. Patrícia Valério; da coordenadora do PPGL, Dra. Claudia Toldo; da coordenadora do curso de Letras, Dra. Marlete Sandra Diedrich; e da coordenadora geral do evento, Dra. Luciana Maria Crestani. 

Pela primeira vez, os eventos ocorrem em um mesmo momento, visando estreitar os laços entre a graduação e a pós-graduação na Instituição. De acordo com a coordenadora do evento, o tema “Vozes, linguagens, contextos” foi escolhido pensando em propiciar esse diálogo. “O que vamos enfocar nos eventos é o trabalho embasado em teorias, mas de ensino: ensino de língua estrangeira, ensino de língua materna, ensino de literatura, ensino de leitura, abrangendo essas perspectivas socioculturais, de identidade, porque a linguagem constitui a identidade do ser humano, ela nos dá identidade”, explicou a professora Luciana, enfatizando que é a linguagem que constitui o ser humano enquanto sujeito. “Essa linguagem medeia todas as relações, por isso ‘vozes’, ou seja, as diferentes vozes que a gente ouve, os diferentes discursos; linguagens, as diferentes linguagens com que a gente trabalha e não só a linguagem verbal, todas as que nos cercam, e cada vez mais as não-verbais, os códigos, os signos; e contextos, porque elas estão em todos os contextos da nossa vida. A linguagem é o que nos faz viver”, completou. 

Atualização
Em seu discurso na abertura dos eventos, o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação desejou as boas-vindas a todos e destacou a importância de eventos desse tipo para a trajetória acadêmica. “Todos nós começamos assim a nossa vida acadêmica, olhando para frente, nos espelhando nas pessoas que estavam no palco e daqui a pouco são vocês que estarão aqui, fazendo e dando continuidade a essa instituição. Aproveitem, participem. O evento é um momento de conhecimento, mas também de socializar, e eu tenho certeza que vocês vão sair daqui diferentes do que entraram”, disse Thomé.

A diretora do IFCH parabenizou a comissão organizadora e mencionou a realização dos eventos de forma conjunta pela primeira vez. “Essa aproximação estreita os laços entre a graduação e a pós-graduação, oportuniza aos acadêmicos uma imersão no universo da pesquisa, e promove um intercâmbio de ideias e conhecimento com os egressos dos cursos e com os pesquisadores de língua materna e estrangeira, de linguística e de literatura”, pontou a professora Patrícia. 

A dedicação da comissão organizadora também foi lembrada pela coordenadora do PPGL, que ressaltou ainda o número expressivo de trabalhos inscritos nas comunicações orais – ao todo, foram recebidos cerca de 280 trabalhos – que, segundo ela, consolidam os seminários como referência para quem busca atualização na área do ensino de língua e literatura. “Nós não estamos aqui com a intenção de mudar o mundo, estamos aqui porque acreditamos que podemos transformar a nossa realidade como educadores, professores da área de Letras, mudando a realidade da nossa sala de aula, das nossas escolas, da educação, da sociedade. Educar é a nossa ação, como diz nossa campanha”, completou a professora Claudia. 

Conferência de abertura
Além da cerimônia de abertura, a primeira noite dos Seminários também contou com uma conferência com a professora Dra. Barbara Hlibowicka-Weglarz, diretora do Departamento de Estudos Portugueses na Universidade Marie Curie Sklodowska (UMCS), em Lublin, Polônia, que falou sobre o ensino de português como língua estrangeira na Polônia. 

A professora Barbara desenvolve um trabalho de ensino da língua portuguesa na UMCS há 38 anos e, durante a conferência, contou sobre os sucessos, os desafios e as dificuldades desse trabalho com a língua portuguesa em um país tão distante e que não fala o português. 

Programação
Até quinta-feira, o evento contemplará conferências, mesas-redondas e sessões de comunicação. Nesta quarta-feira, 10, ocorrem duas mesas redondas: às 16 horas, os professores Dra. Teresa Moure (Universidade de Santiago de Compostela, Espanha) e Dr. Jacyntho  Lins Brandão (Universidade Federal de Minas Gerais) debatem o tema “A questão da tradução: fronteiras, contextos e identidade”; já às 19h30min, o tema "O papel das línguas e das literaturas estrangeiras na formação de professores e no ensino" será abordado pelas professoras Dra. Vera Lúcia Lopes Cristovão (Universidade Estadual de Londrina) e Dra. Elaine Barros Indrusiak (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). 

Na quinta-feira, os eventos recebem, às 16 horas, o escritor Ricardo Lisias, autor da obra “O diário da cadeia”. À noite, a partir das 19h30min, ocorre a conferência de encerramento com a professora Mônica Magalhães Cavalcanti, da Universidade Federal do Ceará. “A professora Mônica é uma linguista extremamente renomada, de prestígio internacional, inclusive, que trabalha muito com linguística do texto. Ela vem nos falar sobre modos de construção textual”, explicou a professora Luciana.