Ensino

Doutorando e mestranda da UPF participam de intercâmbio pela Universidade de Lucerna, na Suíça

15/06/2022

10:45

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Trocar experiências com professores e pesquisadores de várias áreas e de diversas partes do mundo é uma das formas de enriquecer os trabalhos desenvolvidos dentro dos programas de pós-graduação da Universidade de Passo Fundo (UPF). Essa oportunidade foi vivenciada pelo doutorando em Envelhecimento Humano (PPGEH), Me. Henrique Bertosso, e pela mestranda em Letras (PPGL), Estela Piva. Junto com outros três brasileiros, eles foram selecionados para o curso de verão Lucerne Summer University: Ethics in a Global Context LSUE, oferecido pela Universidade de Lucerna, na Suíça, com patrocínio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). As atividades ocorreram de forma on-line.

Ao todo, 30 estudantes de mestrado e doutorado, do mundo todo, foram selecionados. Para serem aceitos, os projetos precisavam demonstrar como podem impactar positivamente a sociedade, utilizando as habilidades do curso e qual a importância disso para a sua pesquisa. Os representantes da UPF tiveram que enviar cartas de interesse e de recomendação, além de um resumo do tema estudado. Os encontros, debates e formações abordaram temas como mudanças climáticas, direitos humanos e inteligência artificial, tudo a partir de uma perspectiva ética. 

Henrique Bertosso, diretor da UPF Casca e doutorando do PPGEH, conta que foram três encontros, onde foi possível compartilhar conhecimentos e ideias, a partir do que cada um já estava trabalhando em suas teses. Para ele, o momento permitiu extrapolar o pensamento a partir de realidades totalmente diferentes. “O que eles afirmam estar certo, nos deu incentivo para seguir e as considerações, ajudaram a ampliar os pontos de vista. A interação com pessoas do mundo inteiro foi a parte mais interessante. Ouvir a situação dos outros países nos faz valorizar o que temos aqui e também nos ajuda a pensar em como melhorar as questões à nossa realidade”, pontuou.

Desenvolvendo sua tese com foco na compreensão sobre como o trabalhador informal cuidará de sua saúde e das questões de proteção social, como um todo, ao longo dos anos, Bertosso ressalta que, ao participar do curso, pode constatar que essa é uma realidade não apenas do Brasil, mas em muitos países. “Refletir o tema dentro da ética foi extremamente importante para o meu trabalho. O quanto é ético para um país promover proteção social apenas a quem tem emprego formal? Foi muito bom participar desse curso, justamente porque vi a necessidade de incluir essa temática dentro da tese”, comentou, destacando que palestrantes renomados estiveram o tempo todo ouvindo os estudantes e tirando dúvidas dos trabalhos.

“Esse curso me fez pensar em muitas coisas. Uma delas é que precisamos agir. Se todas essas pessoas que participaram do curso começarem a agir diferente, em suas áreas de atuação, se cada um conseguir atingir uma ou duas pessoas, já conseguiremos mudar um pouco da realidade do mundo”, relatou Estela Piva, do PPGL. Para ela, participar da formação foi uma oportunidade única.

Ela recorda que as aulas foram sobre direitos humanos, mudanças climáticas, empreendedorismo social, comunicação e temas afins, todos com um olhar a partir do ponto de vista da ética. Os mestrandos selecionados participaram de encontros divididos em grupos, onde houve a oportunidade de troca de ideias sobre projetos.
Os participantes realizaram um workshop onde cada um pode falar sobre o seu projeto, com espaços para receber retorno dos participantes. “Isso permitiu ampliar a visão sobre o meu próprio trabalho. A troca de informações foi fundamental. Muitas vezes estamos tão presos em nossas bolhas que nem percebemos que outros lugares passam pelas mesmas situações e tem experiências para contribuir. Quando vi que eram muitas áreas, fiquei receosa, mas foi extremamente importante compartilhar com áreas totalmente diferentes. Muitos aspectos foram mudados ou melhorados”, comenta a mestranda.

Estela também destacou a organização dos encontros e ações que permitiram, mesmo de forma virtual, promover a aproximação entre os participantes, como uma sala de encontros com o uso de avatar. “Foi um momento mais informal onde foi possível interagir com os demais participantes, praticar a língua inglesa e aprender também na informalidade”, observou.

Dos cinco brasileiros presentes, três eram gaúchos e, destes três, dois da UPF. 

O PPGL está com inscrições abertas, inscreva-se  acessando aqui. O PPGEH também inscreve até 24 de junho. Saiba mais aqui.