A fotografia e a história de Passo Fundo

O Instituto Histórico de Passo Fundo (IHPF) e o Arquivo Histórico Regional da Universidade de Passo Fundo (AHR/UPF) promoveram, nos dias 6 e 7 de junho, o 1º Encontro de Pesquisadores da História de Passo Fundo e Região. A atividade é alusiva aos 65 anos do IHPF e aos 35 anos AHR, marcando também o aniversário de 162 anos de Passo Fundo. Na quinta-feira, 6 de junho, ocorreu uma Roda de Conversa com a temática “A fotografia na História e a História na fotografia”. O encontro contou com a participação da membra efetiva do IHPF e professora da UPF, Fabiana Beltrami; do colecionador Beraci Porto; da pesquisadora de História Isabella Czamanski; do colaborador da página Fotos Antigas de Passo Fundo Gustavo Pezzini; e do colecionador Igor Schneider Calza. 

Conforme Fabiana, o olhar do fotógrafo é muito importante na constituição da cidade porque ele vai atestando espaços importantes a partir do enquadramento que faz com a sua câmera e com o seu olhar. “O I Encontro de Pesquisadores de Passo Fundo é para agregar pessoas que, independentemente da área, tratem de Passo Fundo, para que possamos conhecer esses trabalhos. Dentro dessa trajetória, a fotografia é uma fonte documental muito importante”, disse a pesquisadora, destacando que a fotografia é muito dinâmica, conquistando espaços dentro de diferentes períodos. “Por mais que a foto seja antiga, ela também fala da atualidade, nós nos vemos nela a partir da temporalidade que ela tem”, finalizou.

Encontro
O encontro é uma oportunidade de socialização e diálogo entre pesquisadores acadêmicos e instituições de custódia e de pesquisa da região, além de membros da comunidade para divulgação de livros e projetos que abordem a história de Passo Fundo e/ou região.

Além de acompanhar as transformações da cidade, o colecionador Beraci Porto, de 76 anos, é um apaixonado por história, possuindo em sua residência um grande acervo de fotografias e objetos antigos. “Sempre me preocupei com a história de Passo Fundo, então, desde jovem, comecei a juntar fotos, revistas, propagandas. A gente vai acumulando as coisas, aumentando o acervo, apesar de que ter acompanhado também todo o crescimento da cidade. Tenho uma foto da primeira vez que colocaram um pinheiro na praça, que foi em 1938, depois durou até 1980, era feito todo ano, depois passou a fazer na Avenida Brasil”, contou. 

A paixão pela história do município conquista também os jovens, como Pezzini, que é colaborador de uma página em uma rede social que apresenta imagens antigas de Passo Fundo. “É um trabalho muito gratificante, recebemos muitas fotos e relatos. Tem sido um trabalho muito legal de resgate da história, tantas coisas se passaram, quantas construções, obras, quanta coisa Passo Fundo guarda na sua memória que a gente nem tinha ideia”, comentou.

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