Pesquisa e Inovação

PPGEng promove palestra sobre o futuro da matriz de baixo carbono

31/05/2019

16:01

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Palestra foi ministrada pelo engenheiro Oscar Rene Chamberlain Pavia, que atua há 34 anos na Petrobrás

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Passo Fundo (PPGEng/UPF) promoveu, na tarde desta sexta-feira, 31 de maio, uma palestra com o tema “Caminhos para uma matriz de baixo carbono”. Ministrada pelo engenheiro químico Oscar Rene Chamberlain Pavia, a atividade ocorreu no auditório do curso de Medicina Veterinária, no Campus I da UPF com a presença de professores e alunos do curso. 

Gerente geral do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás, Pavia atua há 34 anos na empresa e desenvolve pesquisas na área de refino e gás. “Já trabalhei em processos de refino, na área petroquímica, na área de gestão tecnológica e agora, dentro da área que eu trabalho, além dessa questão de refino e desenvolvimento de produtos, também tem a questão de energias renováveis: eólica, solar, biomassa, biocombustíveis”, explicou. 

Durante a palestra, o engenheiro apresentou um pouco do funcionamento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, onde atuam mais de 2 mil profissionais, em 147 laboratórios. Pavia também destacou a rede de colaboração em pesquisa que existe na empresa, formada por mais de 120 universidades e institutos de pesquisa brasileiros e mais de 60 universidades e 25 institutos de pesquisa do exterior. 

Caminhos para o futuro
A questão do baixo carbono começou a ser tratada com mais importância em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes, quando foi assinado o Acordo de Paris. Aprovado por 195 países, o acordo previa a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O objetivo era fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. Desde o início da era industrial, cerca de 1,9 mil gigatoneladas de CO2 já foram utilizadas. 

De acordo com o palestrante, a principal ideia é poder gerar energia e mobilidade, processo que hoje é realizado com o uso de carvão, óleo ou gás e a partir de outras fontes que não gerem CO2. “A importância da pesquisa nessa área é se posicionar. No caso da Petrobrás, se posicionar como empresa, pensando no futuro, para ter sustentabilidade”, explicou. Ainda segundo Pavia, a transição para uma economia de baixo carbono é inevitável. “Não quer dizer que o petróleo vai acabar, mas ele vai ficar sem mercado. Essa, claro, é uma projeção para 2050, 2060, mas acredita-se que no futuro o petróleo fique restrito à petroquímica. Por isso, a importância é poder ter caminhos sustentáveis de geração de energia, geração de combustíveis para a mobilidade”, completou. 

Em sua fala, Pavia apresentou ainda algumas projeções de futuro, visões de pesquisa e desenvolvimento, além de soluções em termos de energia, mobilidade e meio ambiente, tanto do ponto de vista do que é feito na Petrobrás quanto do ponto de vista mundial.