Ensino

UPF promove "Tributo à Rachel Carson”

26/04/2018

17:09

Por: Jéssica França

Fotos: Jéssica França

Palestra sobre alimentos orgânicos foi ministrada pela egressa do curso de Agronomia, Silvana Beatriz Bohrer

A Universidade de Passo Fundo, por meio do Núcleo de Estudos em Agroecologia (UPF/NEA), dos programas de pós-graduação em Agronomia (PPGAgro) e em Ciências Ambientais (PPGCiAmb) e do Centro de Ciências e Tecnologias Ambientais (CCTAM), realizou, na noite de quarta-feira, 25 de abril, um “Tributo à Rachel Carson”. O Tributo ocorre desde 2016 e está em sua terceira edição. A atividade ocorreu no auditório da Biblioteca da UPF, reunindo alunos dos cursos de Agronomia, Biologia, da pós-graduação, assim como profissionais e a comunidade em geral. 

Conforme a engenheira agrônoma e professora dos Programas de Pós-Graduação, Cláudia Petry, no mês de abril, completam 54 anos da morte da bióloga e ambientalista Rachel Carson, que escreveu o livro “Primavera silenciosa”, marcando o movimento ambientalista mundial.  “A Rachel Carson escreveu o livro denunciando a aplicação de produtos químicos na terra, porque os pássaros morriam por causa do veneno acumulado. Foi o depoimento dela que marcou época e criou o movimento ambientalista mundial”, destacou.

O evento contou com uma palestra proferida pela egressa do curso de Agronomia da UPF, Silvana Beatriz Bohrer, que falou sobre sua trajetória profissional e o trabalho com a produção de alimentos orgânicos. “Fico muito feliz de ser convidada, tenho uma experiência bem diferente dos meus colegas, porque sempre gostei da parte de horticultura e agroecologia, embora nossa formação acadêmica tenha sido mais voltada para o agronegócio”, disse. 

Silvana, que é natural de Porto Alegre, relatou que sempre teve o sonho de ter um sítio para trabalhar com produção de alimentos e o sonho começou a ser realizado quando seu marido foi transferido para Passo Fundo e ela ingressou na Universidade. “Decidi começar a cursar Agronomia quando já tinha 30 anos; antes, exercia outra atividade, mas sempre quis comprar um sítio e produzir”, contou. 

Após comprar seu sítio em Porto Alegre, Silvana integrou um projeto da Emater para produção orgânica. “Comprei um sítio de dois hectares e comecei a trabalhar. Hoje, temos uma produção agroecológica, na qual sete pessoas trabalham. Começou comigo e aos pouquinhos a gente foi construindo uma história”, observou.
No sítio, são produzidos alimentos orgânicos como alface, beterraba, berinjela e algumas frutas. Silva contou que os produtos são comercializados em três feiras orgânicas, além disso, ela possui uma agroindústria, trabalhando também com turismo rural. 

O evento encerrou com uma mesa redonda coordenada pelo professor Rodrigo Luz.