Pesquisa e Inovação

UPF recebe vice-presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas

22/04/2019

16:44

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Encontro teve como objetivo apresentar o conceito de cidades inteligentes e fomentar o desenvolvimento e a implementação de projetos de cidades inteligentes nos municípios da região

A Universidade de Passo Fundo (UPF) recebeu, na tarde desta segunda-feira, dia 22 de abril, o vice-presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH) Carlos Venicius Frees. A visita faz parte de uma série de reuniões técnicas e palestras que a Rede está realizando em diversos municípios do estado, entre eles Lajeado, Estrela, Ijuí e Santo Ângelo, com o objetivo de ajudar os municípios na criação de projetos de cidades inteligentes. Em Passo Fundo, o encontro ocorreu na Sala de Reuniões do UPF Parque – Módulo II, com a presença de prefeitos e secretários dos municípios de Carazinho, Marau, Passo Fundo, Camargo, Mato Castelhano, Vanini, Santo Antônio do Palma, Ciríaco e Bento Gonçalves, além de pesquisadores e empresários que trabalham com o tema.

Na pauta da reunião, estiveram o conceito de cidade inteligente, a implantação de projetos de cidades inteligentes nos municípios, questões relacionadas a financiamentos e a projetos, e debate sobre viabilidades nos municípios. Além disso, também foi dado encaminhamento à tramitação de um termo de cooperação técnico-científica, entre a UPF e a Rede, para potencializar projetos desenvolvidos na Instituição e levá-los para as demais cidades do Brasil. Diretor Regional da RBCIH no Rio Grande do Sul, o professor da UPF Dr. Roberto Rabello destacou que há mais de dois anos, a UPF desenvolve projetos na área de Cidades Inteligentes dentro dos Programas de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PPGCA) e em Engenharia Civil e Ambiental (PPGEng). O tema também é trabalhado no projeto de extensão Cidades Inteligentes, vinculado ao Programa Cidades Educadoras e Inteligentes.

Atualmente, entre os projetos desenvolvidos, está o Smart Campus, que contempla tecnologias para cidades inteligentes dentro de um microterritório. “Estamos trabalhando dentro da UPF  com o intuito de levar para outros municípios a tecnologia que produzimos aqui. A gente usa uma tecnologia que coleta algumas informações dentro do Campus, tais como umidade do ar, temperatura e, principalmente, emissão de gases poluentes. Esses dados são levados para a nuvem e ficam disponíveis para consulta e para serem trabalhados”, explicou. 

Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas
A RBCIH é uma instituição de cunho privado, sem fins lucrativos, criada em 2013 para ajudar as cidades brasileiras a se desenvolverem como Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis. Desde essa época, a RBCIH vem crescendo em todo o Brasil e estabelecendo acordos de cooperação técnico-científica com Ministérios e instituições de ensino e pesquisa. Ao todo, são 250 representantes em todo o país. “Nós estamos espalhados pelo Brasil todo, de norte a sul. A nossa atuação é em prol de desenvolver cidades inteligentes no país. Este ano, começamos a trabalhar na elaboração de projetos de cidades inteligentes e a nossa intenção é criar dez projetos em 2019 e assim gradativamente criar outros projetos no decorrer do tempo”, explicou Carlos. 

De acordo com o vice-presidente, existem cerca de 120 indicadores mundiais que definem se uma cidade é inteligente ou não. Esses indicadores são representados pelo selo ISO 37122. Como exemplos, estão o número de habitantes com capacidade de acesso a telefone sem fio e o número de luminárias inteligentes conectadas dentro do município. “A nossa intenção com os projetos de cidades inteligentes é que consigamos certificá-los mundialmente, tal como ocorre com projetos internacionais, como o de Barcelona, na Espanha. Nessa comparação, a gente considera mais ou menos 120 indicadores diferenciados. É uma união de todas as áreas: tecnologia, saúde, meio ambiente, capacidade de um município se envolver com as questões humanas, sociais e culturais, e capacidade de desempenho do município, de ser realmente eficiente na sua gestão pública, entre outros. São esses indicadores que nos dizem de fato o que é ou não uma cidade inteligente”, pontuou.