Seminário destaca envolvimento da UPF no movimento Cidades Educadoras

Há mais de uma década, a Universidade de Passo Fundo (UPF) desenvolve ações de incentivo ao movimento das Cidades Educadoras no Norte do Rio Grande do Sul. As iniciativas realizadas pela Instituição foram apresentadas durante a programação do III Seminário Internacional Passo Fundo Cidade Educadora, promovido pela Prefeitura de Passo Fundo e pela Universidade, na Arena UPF Parque, nesta quarta e quinta-feira, dias 2 e 3 de agosto. O evento integrou a programação da semana de aniversário de 166 anos do município.

O Seminário abordou a temática “Potencialidade educadora das cidades: uma missão para o futuro, hoje? e buscou discutir e mostrar ações educadoras que são desenvolvidas nas cidades da região e na Universidade. “Quando falamos em cidade educadora temos que pensar sempre no que está acontecendo para além da escola. Sim, a escola é importante para o processo, mas precisamos construir parcerias, ampliar nosso olhar para além dos muros e incluir ações educadoras para todos que moram na cidade”, afirmou Denize Cornelio da Luz, coordenadora de Inovações Educacionais da Secretaria Municipal de Educação e delegada da cidade educadora de Passo Fundo.

Uma região educadora

Dos mais de 30 municípios que aderiram à Carta das Cidades Educadoras no Brasil, um terço estão localizados no RS. “A ideia desses seminários, desde que Passo Fundo fez essa adesão à Carta das Cidades Educadoras, é pensar além. Que possamos nos contagiar e fazer uma cidade educadora cada vez mais próxima do território. Esse é um evento construído junto com a UPF, que já vem fazendo um trabalho pioneiro na nossa região, discutindo com as cidades, por meio do projeto Univercidade Educadora: fazendo a lição de casa, que deu o pontapé inicial em relação às cidades educadoras da região”, mencionou Denize.

A professora Dra. Adriana Bragagnolo fez uma apresentação da Cátedra Unesco: a cidade que educa e transforma, uma rede que conta com 12 instituições de ensino superior de Portugal, do Brasil e da Guiné-Bissau, e tem a UPF entre seus membros fundadores.

“Uma das ações da Cátedra é o apoio e interlocução com as cidades educadoras. Como uma rede de universidades, ela é uma possibilidade de potencializar as ações dessas cidades que educam e transformam, então realizamos encontros mensais com representantes das cidades, para debatermos diversos assuntos. Em uma década de trabalho, são sete cidades da região que têm a Universidade como apoio, como processo formativo, como espaço de interlocução, discussão e encontro de estratégias para que se tenha uma cidade melhor para todos, em todas as idades”, afirmou a professora.

Os projetos desenvolvidos pela UPF são voltados para a transformação social e buscam unificar ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação, a partir do envolvimento de estudantes, professores e a comunidade. Entre as iniciativas realizadas, três foram apresentadas no encontro: o Projeto Integrado UPF/Be8 Sustentabilidade, que reúne os eixos de empreendedorismo para mulheres, coleta e reciclagem do óleo de cozinha e hortas urbanas sustentáveis; o VivaEmau! - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo; e Balcão do Migrante e Refugiado (Balcão Migra).