Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
Encontros são voltados para mulheres que fazem parte da vida da Universidade
Oportunizar espaços coletivos de debate voltados às questões de gênero, classe e raça, e permitir um contexto onde seja possível fortalecer uma rede de apoio às mulheres que fazem parte da Universidade. Esse é o grande objetivo do programa Vivências Femininas. Ligado à Divisão de Gestão de Pessoas da UPF, ao Setor de Atenção ao Estudante e ao Projeto de Extensão Arché: experimentações filosóficas, o programa busca reunir funcionárias, professoras e acadêmicas para refletir, dialogar e compreender temas que permeiam o dia a dia.
Polêmicos ou não, atuais ou históricos. Os temas buscam dar conta de um universo de assuntos que precisam ser colocados à mesa. Ao longo de 2021, mais de 10 encontros já foram realizados, em função da pandemia, de forma on-line. Entre os tópicos abordados por convidadas, estiveram a “Questão da militância e do BBB”, “Aborto”, “Mulheres no mercado de trabalho”, “Saúde física e mental das mulheres LGBT’s na pandemia”, “Lugar de fala” e “Violência contra a mulher”.
O Vivências femininas: um olhar de cuidado, surgiu em março de 2020 e foi construído em parceria entre o Projeto de Extensão Arché: experimentações filosóficas, coordenado pela professora Dra. Patrícia Ketzer, o Setor de Atenção ao Estudante (Saes) e a Divisão de Gestão de Pessoas. De acordo com Emanuele Fossatti, da Divisão, a ideia surgiu a partir da necessidade e da importância de oportunizar espaços coletivos de debate. “Estes espaços são importantes por diversas razões, mas especialmente pela possibilidade de oportunizar debates interdisciplinares que fortalecem a saúde mental das mulheres envolvidas de forma coletiva, dialogando sobre questões que nem sempre são discutidas em outros espaços. Além disso, o programa possibilita a projeção de ações na comunidade, parcerias com projetos de extensão e com os coletivos da cidade de Passo Fundo, no intuito de disseminar uma rede de apoio que fortaleça o lugar de fala das mulheres”, destacou.
Os encontros ocorrem a cada 15 dias e contam com a participação de profissionais e estudantes vinculados à Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF). As mulheres que têm interesse em participar deste grupo podem contatar a equipe pelo e-mail saes@upf.br.
Para Emanuele, a avaliação dos encontros tem sido positiva, uma vez que é possível perceber a participação ativa de todas as envolvidas, que propõem debates e compartilham vivências e anseios. “É importante ressaltar que todas as temáticas são escolhidas em diálogo com as participantes, bem como a sua realização é organizada com estas e não para estas. Em 2020, foram realizadas mais de 170 horas de desenvolvimento e neste ano os encontros permanecem acontecendo de forma significativa”, observa.
Suporte e apoio mútuo
Segundo a professora Dra. Patrícia Ketzer, que já liderou diversas abordagens, o projeto foi pensado como um espaço de suporte e apoio mútuo para mulheres da UPF. “Sabemos que enquanto mulheres vivenciamos situações complexas específicas de nosso gênero, deste modo torna-se importante a existência de um espaço de fortalecimento. Nossos encontros funcionam como rodas de conversa, mas sempre com um tema pré-definido, que é escolhido em conjunto com o grupo. A cada 15 dias uma de nós se responsabiliza por coordenar a atividade, pautando os principais pontos sobre a temática, a partir disso vamos dialogando, considerando nossas vivências e anseios e pensando possibilidades”, explica.
Em sua opinião, o grupo atua como um espaço de fortalecimento das mulheres da Instituição. “Primamos por um espaço horizontalizado, de escuta e compartilhamento, onde todas importam igualmente e onde podemos dividir nossos anseios, medos, dificuldades e vitórias. O espaço está aberto para todas as que se interessarem. Precisamos romper com a visão de que mulheres disputam entre si e vermos umas às outras como companheiras”, pontua.
Maria Gabriela Paloschi é acadêmica do curso de Fisioterapia e membro da equipe. Hoje ela atua como ouvinte e parte da coordenação do projeto enquanto bolsista da Comissão de Permanência, dentro do projeto Aluno Apoiador.
Para ela, o espaço do Vivências Femininas é institucionalmente necessário, uma vez que nele são abordadas diversas temáticas sobre a experiência das mulheres acadêmicas, professoras e funcionária dentro da UPF. “Assim é possível a criação de um laço fortalecido tanto para lutas internas quanto externas da Instituição, assim como também uma rede de apoio para as mulheres de compõem a Universidade”, destaca.
Segundo Gabriela, a participação e o programa têm impactos também na vida acadêmica, permitindo uma formação ainda mais completa. “Além de aprender sobre diversos assuntos, muitos dos quais eu não conhecia, aumenta minhas perspectivas para que futuramente, como fisioterapeuta, eu possa não apenas reabilitar mulheres, mas também fortalecê-las como indivíduos e, fortalecendo também minhas lutas como mulher, além de me sentir acolhida ao grupo”, salienta a estudante.
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