UPF debate aspectos clínicos, ético-legais e psicossociais do aborto

Considerada a quarta causa de mortalidade materna no Brasil, o aborto é um tema complexo e que necessita de reflexões. Pensando em propor o debate e oferecer um espaço para os mais diversos conceitos, o curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo (UPF) promoveu, na manhã desta quarta-feira (14), o III Ciclo de Palestras em Saúde da Mulher. A temática escolhida foi “Aborto: aspectos clínicos, ético-legais e psicossociais”. A atividade contou com a presença de professores, estudantes e profissionais da área da saúde de Passo Fundo.

Em pauta no Supremo Tribunal Federal, a descriminalização da prática do aborto ainda é uma questão que deixa muitas dúvidas. Por isso, de acordo com a coordenadora do curso, professora Dra. Mara Regina Tagliari Caliari, é fundamental que os profissionais que atuam no atendimento às mulheres tenham conhecimento e compreensão ampla sobre o tema. “Para os profissionais da saúde, em especial os da área da enfermagem, é fundamental esse debate. Aqui, não vamos apenas discutir se é legal ou ilegal, uma vez que, para o enfermeiro, o importante é atender bem àquela mulher que procura ajuda. Acolher a mulher que pratica o aborto, independente do motivo. Provavelmente, teremos a aprovação da descriminalização do aborto e nós acreditamos que a mulher tem direito a uma assistência integral, segura e adequada em qualquer situação”, destacou.

A mesa de conversa foi composta pela Delegada da Delegacia de Pronto Atendimento de Passo Fundo (DPPA), Carolina Goulart; pela representante do Conselho de Enfermagem (Coren), Úrsula Adriana Sander Stuker; pela representante da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, Eliane Moretto; pela Me. Eliana Bortolon, secretária Adjunta de Saúde de Passo Fundo; pela Dra. Patrícia Ketzer, docente da UPF e coordenadora da Especialização em Ciências Sociais da Instituição; e pela representante do Coletivo Feminista Maria Vem com as outras, Thainá Battesini Teixeira. A mediação foi da professora Dra. Cristina Fioreze.

O encontro também contou com a presença da diretora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), professora Dra. Marilene Portella.
 

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