Pesquisa e Inovação

Um país preocupado com o mundo

19/11/2019

16:19

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Alexandre Elmi/Secom

Em passagem pela Suécia, os integrantes da missão governamental e empresarial do Rio Grande do Sul conheceram as tecnologias, o desenvolvimento e as preocupações do país

Com apenas 10 milhões de habitantes, a Suécia se destaca por questões como exportação, tecnologia e desenvolvimento. O país faz parte do roteiro de viagens da equipe da missão governamental e empresarial do Rio Grande do Sul, que já passou pela Estônia e chega agora a Israel. Membro da comitiva, o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dr. Antônio Thomé, tem buscado experiências e oportunidades para a Instituição.

Segundo Thomé, a Suécia é totalmente diferente da Estônia. Por ser um país com uma situação tecnológica mais consolidada – já que conta com a presença de grandes empresas do mundo como Scania, Volvo e Electrolux –, encontra-se em uma fase de desenvolvimento de softwares, com projetos mais voltados para testes, com protótipos e o uso da engenharia. Para o vice-reitor, eles vivem uma nova geração de tecnologia, tendo, por exemplo, o surgimento do Spotify, que iniciou como uma startup e hoje vale mais de 1 bilhão de dólares.

Os setores de tecnologia estão todos concentrados em Kista, uma start city, localizada próxima a Estocolmo, centralizando em um local toda a parte de pesquisa. Lá, há um bairro inteligente, universidades, incubadoras, empresas residentes, e uma interação muito grande entre a academia e as empresas. “É possível verificar que o governo investe muito em startups no país. O governo paga as empresas por uma ideia inteligente para resolver os problemas da sociedade, a fundo perdido, ou seja, mesmo não tendo pleno êxito no desenvolvimento do produto, não fica em débito com o governo, diferente do que ocorre no Brasil, além de trabalharem com aceleradores de startups, que são empresas que investem nesse mercado. Aqui, todos os produtos têm como objetivo o desenvolvimento sustentável. Eles investem em produtos que visam salvar o planeta, garantindo uma vida de qualidade para todos”, ressaltou.

Entre os produtos em destaque, Thomé menciona o Caminhão autônomo, já em teste e que, em breve, estará no mercado internacional. Essa realidade, que altera a existência de algumas profissões, também é motivo de preocupação e dedicação do país. Segundo o vice-reitor, eles contam com o life learning – em tradução livre, “aprender a vida toda” –, que reencaminha e orienta os profissionais para a busca de formação, qualificação e inserção no novo mercado. 

Agenda na Suécia
Além do Kista Science City, a comitiva conheceu dois projetos executados pelo laboratório eGovLab, dedicado a desenvolver soluções baseadas em tecnologias, mas aplicadas em questões de alcance social. O SkillsMatch é uma metodologia para identificar habilidades e garantir a sua empregabilidade em um mercado de trabalho em permanente evolução. O segundo projeto, Co-Inform, tem como objetivo combater a desinformação. Envolvendo sete países, procura encontrar uma ferramenta que ajude a conter a disseminação de notícias falsas. 

O circuito sueco conhecido pela comitiva gaúcha completou-se com a visita a duas organizações, uma de financiamento e a outra de promoção do avanço tecnológico em setores tradicionais da economia e em todas as regiões do país, equilibrando os benefícios da inovação. 

O último compromisso no país permitiu constatar que a estratégia sueca não despreza os setores tradicionais e a ideia de desenvolvimento regionalizado. Na The Swedish Agency for Economic and Regional Growth, foi apresentada a visão sueca para acelerar o desenvolvimento de startups e para equalizar os benefícios do investimento maciço em tecnologia. 

Última parada
O grupo seguiu para Tel-Aviv, em Israel, onde irá conhecer as iniciativas que transformaram o país na Start-up Nation.