Pesquisa e Inovação

Pesquisa da UPF é Top 100 da Scientific Reports

09/05/2019

14:50

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Publicação do Grupo Nature divulgou o levantamento dos artigos de destaque de 2018

A produção científica na Universidade de Passo Fundo (UPF) vem se consolidando ao longo dos anos. Prova disso é a qualidade dos artigos produzidos, os resultados obtidos e o reconhecimento da comunidade acadêmica e da própria sociedade. Um desses reconhecimentos chegou nesta semana com o levantamento dos artigos científicos mais acessados da Scientific Reports, publicação do Grupo Nature. O artigo “Primeira descrição do comportamento e relação do sistema imunológico em peixes”, escrito pelo professor Dr. Leonardo José Gil Barcellos e pela doutoranda da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Karina Kirsten, ficou entre os 100 trabalhos mais lidos no ano de 2018. A pesquisa também contou com a colaboração do professor Dr. Luiz Carlos Kreutz e da Me. Debora Fior.

Segundo Barcellos, o feito é bastante significativo, visto que é a primeira vez que tal reconhecimento é dado a um artigo produzido em sua integralidade na Universidade. “Por ser uma pesquisa extremamente inovadora, que já vinha sendo utilizada com outros animais, mas não com peixes, pela sua relevância social e pelo fato de ter sido 100% produzida nos laboratórios do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação, temos muito o que comemorar. Isso nos motiva a seguir produzindo, buscando novos métodos e melhorando a vida das pessoas”, destacou.

Na mensagem enviada aos pesquisadores, a equipe da Scientific Reports destacou que, no ano passado, foram publicados mais de 1600 artigos e que estar entre os 100 principais é motivo de celebração, pois coloca a pesquisa da Universidade como de grande valor para a comunidade.

A pesquisa
Embora a interação entre o sistema nervoso e o imune já tenha sido investigada, os estudos foram feitos em mamíferos. O que o grupo propôs foi mostrar que existem outras espécies que podem ser utilizadas como organismos modelo. Nesse ponto, entra em ação o zebrafish, espécie animal que tem sido cada vez mais usada em função de sua semelhança genética com o ser humano, além da sua rápida reprodução e baixo custo de manutenção. 

Com o peixe em mãos, foi possível avaliar a variação de diversas citocinas para verificar se havia diferença na expressão gênica dessa molécula no cérebro do animal. O que se observou é que a expressão de diversas citocinas foi diferente, de acordo com o comportamento. O levantamento mostrou a relação entre o sistema imune, que é a defesa do corpo, e quanto ele pode interferir no comportamento de várias espécies.