Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução
Acadêmicos produzem música de forma colaborativa a partir de instrumentos alternativos, cada um na sua casa
Que a criatividade é essencial em qualquer profissão, todo mundo já sabe. Mas quando se fala em música, com uma dose de criatividade, é possível dar vida a diferentes notas, mesmo sem ter nenhum instrumento musical por perto. E foi isso que os estudantes do curso de Música da Universidade de Passo Fundo (UPF) fizeram. Longe do laboratório de percussão, em função da suspensão das atividades presenciais, os estudantes buscaram dentro de casa objetos que pudessem se transformar em instrumentos. O resultado foi um vídeo colaborativo divulgado nas redes sociais que reúne um pouco da criatividade de cada um.
A iniciativa partiu dos próprios estudantes. “Eu vi que está todo mundo fazendo esses vídeos colaborando e pensamos em fazer, porque percussão é uma coisa que a gente pode tocar em casa e qualquer coisa pode se transformar em um instrumento de percussão. É uma coisa legal, fácil de fazer em casa e aí resolvemos propor”, explicou o acadêmico do curso Luan Teixeira. A escolha do tema também foi deles. A ideia, segundo Luan, foi escolher um tema brasileiro, para dar espaço à produção nacional. A escolhida foi Xodó, um baião de Dominguinhos. Luan foi o responsável por fazer toda a produção musical, que contou com a orientação do professor Me. Márcio Tolio.
Cada estudante teve liberdade para escolher o que e com o que tocar. Todos os instrumentos foram feitos a partir de coisas que eles tinham em casa. “Eu gravei com um balde de lixo, teve gente que transformou a espiral do caderno em um reco reco, foi usado garrafa com água para dar diferentes notas para cada garrafa e aí conseguir dar um harmonia, uma melodia, teve um dos meus colegas que fez um instrumento a partir de bambu”, comenta o acadêmico que contou até com o auxílio de um ventilador para tocar.
De acordo com o professor, usar instrumentos alternativos como percussão não é novidade, é um recurso usado há bastante tempo. “Todos nós fomos pegos de surpresa e as portas dos laboratórios foram fechadas imediatamente, e o percussionista é o cara que mais inventa. A gente faz chocalho com qualquer coisa, a gente faz bateria com lata. E chegou a hora de sermos criativos. Eu estou dando aula de instrumento, sem nenhum instrumento perto de mim”, explicou.
Para ele, o fato de os estudantes terem tido a iniciativa de gravar, reforça o protagonismo deles. “O aluno é sempre protagonista e o professor precisa estar sensível a isso. Eu sempre gosto de construir as coisas junto e agora, com essa situação, temos que ficar ainda mais perto e eu penso que está sendo um grande aprendizado. É uma grande lição e que só vai fortalecer essa relação de respeito mútuo do educador e do educando. Os alunos são sempre protagonistas, a gente, enquanto professor, só vai meio que encurtando o caminho”, finaliza.
Para ver o resultado do trabalho dos estudantes, acesse aqui.
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