Ligas de Psicologia Social, Psiquiatria e em Saúde atuam em prol do cuidado com a saúde mental
26/09/2022
10:40
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
O mês de setembro é marcado pela importante campanha Setembro Amarelo, que é caracterizada pela prevenção ao suicídio. A questão possui diversas formas de ser prevenida, sendo, uma delas, o cuidado com a saúde mental. Atenta a importância desse tema, a Universidade de Passo Fundo (UPF) desenvolve ações relacionadas ao assunto por meio do trabalho das Ligas de “Psicologia Social e da Saúde (LAPPS)”, “Acadêmica de Psiquiatria (LAPSIQUE)” e “Acadêmica em Saúde, Espiritualidade, Práticas Integrativas e Complementares (LASEPICS)”.
Entidade estudantil autônoma e sem fins lucrativos, a “Liga de Psicologia Social e da Saúde” objetiva aprofundar o trinômio ensino, pesquisa e extensão, em uma área específica do campo científico, através do desenvolvimento de atividades extracurriculares que complementam a formação acadêmica. Para isso, são realizadas aulas e seminários sobre temas pertinentes ao campo da psicologia social, bem como da saúde coletiva, entre os quais encontra-se a saúde mental.
Também são feitos eventos, além de ações na comunidade, que fazem alusão a temáticas vinculadas ao calendário da saúde e a temas que dizem respeito ao campo social em interface com as questões de saúde, tais como as políticas públicas, a saúde integrativa, as práticas integrativas e complementares, o Setembro Amarelo e a saúde mental.
De acordo com a coordenadora da LAPPS, professora Me. Marina Pitágoras Lazaretto, muitas são as formas de cuidar da saúde mental, que vão desde a dimensão micro das relações, até questões de ordem mais macro, como a forma como a sociedade hoje está estruturada no que se refere aos seus modelos de desenvolvimento e relações. Segundo a docente, um exercício importante de cuidado da saúde mental é o cuidado de si. “Isso implica em buscar estratégias de se autoconhecer, de reconhecer desejos, vontades, sonhos, projetos de vida que nos mobilizam afetivamente para enfrentar as dificuldades e, com isso, não adoecer psiquicamente. Buscar práticas cotidianas de autocuidado, que passam pelas questões simples de incorporar no dia a dia, como ler, escutar música, praticar exercícios, não fazer nada, descansar, dormir, sair com amigos, poder construir vínculos de amizade que sejam abertos e permitam que os sentimentos circulem são fundamentais para o cuidado em saúde mental”, afirma Marina.
Ações em várias frentes
Composta por estudantes com interesse em comum, a psiquiatria, a “Liga Acadêmica de Psiquiatria” da UPF se propõe a conhecer melhor a área para além da grade curricular, tanto na teoria como na prática. A organização também desenvolve práticas relativas à saúde mental, conforme conta um de seus coordenadores, professor Dr. Diego Giacomini. “As atividades giram em torno do ensino, da pesquisa e da extensão e são realizadas por acadêmicos, com a supervisão do professor orientador. Dentro da pesquisa, elaboramos artigos sobre saúde mental para exposição em eventos científicos. No ensino, realizamos aulas abertas para os estudantes de várias faculdades sobre temas da psiquiatria aliado a promoção à saúde. E, na parte da extensão, atuamos em escolas, conversando sobre saúde mental com professores, alunos do Ensino Fundamental e comunidade em geral”, relata.
Importância do trabalho dos acadêmicos
Tendo iniciado as suas ações no ano de 2019, a “Liga Acadêmica em Saúde, Espiritualidade, Práticas Integrativas e Complementares (LASEPICS)” envolve acadêmicos dos cursos de Medicina, Farmácia, Psicologia e Enfermagem, que participam de atividades de ensino e extensão, de eventos e na organização de atividades abertas para a comunidade. Conforme a coordenadora, professora Dra. Carla Beatrice Crivellaro Gonçalves, a dedicação deles no trabalho realizado, o qual contempla o Setembro Amarelo, é fundamental. “É importante que os estudantes vivenciem estes momentos, contribuindo para o processo de cuidado além do cuidado do corpo. As práticas integrativas possuem papel imprescindível na promoção à saúde”, disse.
A saúde mental como um fator protetivo
Para Marina, a temática da saúde mental é importante em razão de ser um fator protetivo para qualquer sujeito no enfrentamento de várias questões da vida. “Um sujeito que se reconhece e possui um lugar no mundo reconhece seus limites, conhece seu corpo e suas possibilidades de construção de si diária, possui condições de uma vida digna, acesso a cuidados básicos em saúde. É um sujeito que estará com sua saúde mental em dia, ou pelo menos enfrentará as adversidades da vida com mais segurança. Isso não quer dizer que ele é o único responsável pelo seu próprio cuidado, muito pelo contrário. O que quero dizer é que se essas questões forem debatidas, repensadas, produziremos sujeitos sociais mais saudáveis”, pontua Marina.
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