Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Arquivo pessoal
UPF tem mais uma Carta Patente concedida, agora para a descoberta de um processo para obtenção de hidrolisado proteico de carne de frango com baixo teor de sódio
Descobrir novas formas e processos para tirar o melhor dos alimentos faz parte do trabalho dos pesquisadores que atuam no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo (PPGCTA/UPF). Com os olhos voltados para as necessidades da atualidade, eles encontraram uma nova fórmula para obtenção de hidrolisado proteico de carne de frango com baixo teor de sódio e baixo teor de sódio resultante. Mas o que isso significa? O professor Dr. Vandré Brião, responsável pela pesquisa, explica.
De acordo com ele, hidrolisados proteicos não são novidade e surgem como uma demanda de mercado crescente. É possível encontrar em lojas produtos como hidrolisado de colágeno, hidrolisado de whey protein, entre outros.
Vandré explica que as carnes não nobres são submetidas a uma hidrólise (processo químico no qual as substâncias são quebradas em unidades menores a partir da ação de enzimas) e geram os hidrolisados proteicos. Contudo, o pesquisador ressalta que, nesse processo, a carne, que naturalmente tem sódio, acaba adicionando sódio ao produto. A inovação propôs então dois caminhos: modificar esse processo de hidrólise, e separar o sódio do produto por membranas filtrantes.
Menos sódio, mais saúde
Um dos problemas indicados pela Organização Mundial da Saúde é o excesso do consumo de sódio que causa, entre outros problemas, a hipertensão a longo prazo. “A patente oferece a solução de consumir os hidrolisados proteicos, os quais são comprovadamente produtos com certa saudabilidade, sem exceder o consumo de sódio”, ressalta Brião.
Ele destaca que a ideia surgiu da parceria entre a UPF e uma empresa parceira, que já possuía em seu rol de produtos os hidrolisados proteicos tradicionais. “O processo foi desenvolvido nos laboratórios da UPF e aguardamos agora sua comercialização. Foram quase sete anos de espera. O desenvolvimento do produto levou quatro meses e o depósito foi realizado em seguida. A carta patente agora nos permite negociar, juntamente com empresas do setor, a comercialização de um produto nobre e saudável”, enfatiza o professor.
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