Pesquisas desenvolvidas em TCC do curso de História são publicadas como livro
27/09/2022
16:15
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
Obra “Terra virgem, amor submisso: uma perspectiva decolonial” terá seu lançamento nesta sexta (30), na UPF
O saguão do Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade da Universidade de Passo Fundo (IHCEC/UPF), prédio B4, recebe, na próxima sexta-feira, dia 30 de setembro, às 19h30min, o lançamento do livro “Terra virgem, amor submisso: uma perspectiva decolonial”. A obra, de autoria de Pâmela Cristina de Lima, egressa do curso de História e mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), é fruto das pesquisas desenvolvidas pela autora em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
O livro debruça-se acerca das analogias constituídas por Moysés Vellinho entre a colonização, a submissão da terra ao colonizador e a entrega feminina (indígena) em atos carnais. Ao cotejar analogias entre natureza, usos do feminino, exploração para conquista, miscigenação e civilização, nos termos de Vellinho, Pâmela discute as naturalizações das violências que, remetidas ao passado do Rio Grande do Sul, reverberam ainda hoje em discursos e práticas discriminatórias em relação a mulheres, povos originários e afrodescendentes.
A produção é prefaciada pela professora Dra. Gizele Zanotto, coordenadora do PPGH, que destaca. “Talvez o choque maior seja ver a reverberação contemporânea de concepções análogas às de Vellinho, quando violências verborrágicas, físicas e emocionais têm ganhado o espaço público com certo aval político e mesmo descaso jurídico que não dá o devido andamento a casos de preconceito étnico, ou ainda a violências de gênero que são legadas às mulheres, vítimas, como se o fossem culpadas”, comenta.
Publicada pela Acervus Editora, a obra poderá ser adquirida, com a autora, no dia do lançamento.
Conheça mais sobre o livro
“Terra virgem, amor submisso: uma perspectiva decolonial” é uma obra escrita com alma e com aquarela, composta com os matizes do desvelar de exclusões e homogeneizações, amalgamadas à palheta de tons ocres do humano. Fruto das inquietações de uma jovem historiadora que mergulha fundo nas fontes que compõe seus repertórios de análise, o livro denuncia a violência, com foco naquela perpetrada sobre as mulheres indígenas, nas narrativas de Moysés Vellinho, em Capitania d’El-Rei: aspectos polêmicos da formação rio-grandense, publicada em 1964.