Ensino

Acadêmicos simulam caso de homicídio em último júri simulado do ano

05/12/2022

11:30

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Defender, acusar, sentenciar. Partes de um processo que integra a prática da advocacia e que, na Universidade de Passo Fundo (UPF) estão inseridas na formação acadêmica. No último Júri Simulado do ano, promovido pelo 8º nível, os estudantes interpretaram um caso de homicídio e ocultação de cadáver, representando todos os atores envolvidos.
    
Orientados pelo professor Dr. Luiz Fernando Pereira Neto, os estudantes analisaram o caso e, no momento do Júri, vivenciaram na prática os conceitos aprendidos em sala de aula. “Essa é uma tarefa tradicional já do curso de Direito da UPF. Aqui eles têm a oportunidade de colocar em prática o conhecimento e também de se desafiarem ao atuar já como advogados, defendendo teses, elaborando argumentos e debatendo”, disse.

Maryane da Costa Bona atuou na defesa do Réu Pedro Ramos (nome fantasia do réu). Para ela, foi a atividade mais importante da graduação até aqui. Ela ressaltou o empenho dos colegas e agradeceu ao professor Luiz Fernando por proporcionar este momento. “O Júri Simulado, com toda certeza é um desafio, em todos os seus aspectos. Não é fácil, mas valeu a pena. Geralmente a faculdade é muita teoria, muito livro e leitura, mas a prática é diferente, e pegar um processo e estudar do início ao fim, trabalhar provas e teses, no meu caso, defensiva, é extraordinário”, comentou.

Ela destaca que, ao longo da graduação, muitos estudantes não têm contato com a prática jurídica. “Realizar o Júri, ter esse contato, praticar a nossa oratória, e sentir que uma vida, uma liberdade estava em nossas mãos, e conseguir controlar o nervosismo, ansiedade e até mesmo o medo, faz com que, quando saiamos para o mercado de trabalho, estejamos mais preparados. É um diferencial enorme para quem realiza a atividade”, salientou.

O caso foi escolhido pelo professor Luiz Fernando e as equipes foram montadas de maneira livre pelos estudantes. 

Luis Otávio Armiliatto também representou um dos advogados de defesa. Para ele, a experiência proporcionou a oportunidade de vivenciar na prática um verdadeiro Tribunal do Júri. “Os maiores aprendizados que obtive nessa experiência foi poder ver como seria estar atuando no Tribunal do Júri, falar em público, trabalhar em grupo com os colegas e colocar em prática toda a teoria que aprendemos nas matérias de Direito Penal e Direito Processual Penal durante a faculdade”, observou, destacando que foi um desafio onde todos saíram naquele dia completamente diferentes de como entraram: mais experientes e confiantes em sua capacidade.

Representando a juíza do caso, a acadêmica Chanaely Hoppe Dallacort pontuou que o exercício foi fundamental para fixação do conteúdo, uma vez que a teoria, longe da prática, dificulta o aprendizado. “Muitas vezes focamos apenas na teoria, sem termos contato com a prática que, por vezes, acaba nos surpreendendo por não ser tão semelhante àquilo visto em sala. A vida real não está nos livros. Por isso, a experiência em si é um grande ensinamento. Faz perceber que somos capazes de enfrentar aquilo que estivermos dispostos, desde que nos dediquemos”, ressaltou.

Durante o Júri Simulado, estudantes do Ensino Médio da Escola General Osório, de Ibirubá, visitam o curso de Direito e puderam acompanhar parte da atividade. Eles foram acompanhados pelo diretor da Escola, Dr. Rogerio Silva.