Extensão

UPF reúne municípios em torno do projeto Cidades Educadoras

18/06/2021

08:50

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

A Universidade de Passo Fundo (UPF) reuniu na tarde desta quinta-feira, dia 17/6, representantes de cinco municípios da região, integrantes da Associação Internacional de Cidades Educadoras, com sede em Barcelona: Soledade, Marau, Carazinho, Camargo e Passo Fundo. Desde 2011, a UPF tem pautado e levado o tema das cidades que educam aos municípios de sua abrangência, desafiando-os a assumirem a Carta das Cidades Educadoras, documento que define em que consiste e quais as metas de uma Cidade Educadora. Participaram da reunião, ainda, representantes do poder público municipal de Casca, Sarandi e Nova Alvorada, municípios que estão encaminhando as suas candidaturas à Associação. 

Liderando o encontro, o Vice-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários, professor Dr. Rogerio da Silva, pontuou que a Universidade de Passo Fundo tem trabalhado de forma intensiva junto aos municípios da região, com o suporte dos diretores dos campi, visando integrar ações e potencializar a concretização desse grandioso e necessário projeto. “Há muito tempo temos trabalhado neste tema das Cidades Educadoras. Um processo que se intensificou com a acolhida da Carta pelas cidades da região. Retomar as atividades, interrompidas pela pandemia e pelo processo eleitoral, era um desejo e, neste ano, com novas administrações, retomamos o diálogo com todos os municípios, incluindo aqueles que gostariam de ingressar, como Casca, Nova Alvorada e Sarandi, nos tornando um grupo cada vez mais qualificado”, destacou, expondo que o encontro foi um espaço para debater e discutir quais são os principais desafios a uma Cidade Educadora e algumas propostas que permitirão avançar na efetivação dos princípios contidos na Carta.
 

Além de uma programação de ações para os próximos meses, o encontro pautou a importância de construir e revigorar os Comitês Gestores e a necessidade da elaboração do projeto pedagógico, que vai dar base a todas as ações desenvolvidas na cidade.

A Diretora da Faculdade de Educação da UPF e coordenadora do projeto na Instituição, a professora Dra. Adriana Dickel, relatou que a equipe realizou visitas em todos os municípios que já aderiram a carta e fez contato com as cidades que têm o desejo de fazer parte desse movimento, para difundir a ideia de um projeto que deseja a qualidade de vida na cidade para todos. “As cidades possuem o desafio de materializar o conjunto de princípios da carta das Cidades Educadoras, o que implica pensar o direito à uma cidade que educa, o compromisso da cidade com o projeto de cidade educadora e a construção efetiva desses princípios no cotidiano da cidade, por meio do serviço integral às pessoas. Para tanto, precisamos aprender a fazer juntos, sonhar coletivamente, tornar o processo de construção formativo em todos os seus momentos, interpelando criticamente essa ideia-força enquanto ela acontece”, observou.

Para isso, segundo ela, algumas estratégias são fundamentais, como o fortalecimento de espaços legítimos de gestão intersetorial dos territórios; sistematização de um projeto de cidade educadora que dialogue com as principais vulnerabilidades dos munícipes; e o diálogo permanente entre as cidades educadoras da região, compreendendo que se está criando algo absolutamente novo: uma rede territorial de cidades educadoras nessa região. “Precisamos e queremos pensar as cidades para as pessoas, para a qualidade de vida, para o bem-estar de todos. Uma ideia que pode nos fortalecer enquanto região e promover ações em favor de mudanças sociais”, frisou.

Denise Gelain, Secretária Municipal de Educação de Sarandi, agradeceu o convite em participar do encontro e destacou que é perceptível o empenho e a dedicação de todos para implementar o projeto. De acordo com ela, agora, são necessárias ações concretas e o comprometimento de todos. “Para executar e materializar essa proposta é necessário repensar a estrutura dos municípios, pensar em orçamento, mas principalmente concentrar todas as forças para a qualidade de vida de toda a população. Um movimento de reconstrução e que propõe o repensar a educação e as práticas dos municípios. O desafio é colocar esses propósitos em prática. Estamos dando os primeiros passos e queremos estar juntos para que a região construa essa nova realidade”, destacou.