Ensino

UPF oferece 96 bolsas de estudos para cursos de licenciatura

09/07/2020

10:36

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Arquivo/UPF

Programas de Iniciação à Docência e Residência Pedagógica buscam qualificar a formação de futuros docentes, aproximando estudantes de diferentes áreas da realidade da escola pública

Estudantes dos cursos de licenciatura da Universidade de Passo Fundo (UPF) terão a oportunidade de qualificar sua formação por meio dos Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e de Residência Pedagógica, uma das ações que integram a Política Nacional de Formação de Professores. Neste ano, a Instituição irá oferecer 96 bolsas de estudos, - 48 para cada um dos programas – para estudantes de níveis iniciais e finais dos cursos de licenciatura, além da possibilidade de que mais acadêmicos atuem nos programas de forma voluntária. O edital para seleção deverá ser aberto ainda no mês de julho e as atividades estão previstas para iniciar em agosto.

De acordo com o coordenador institucional do Pibid professor Dr. Gerson Trombetta, o projeto apresentado pela UPF à Capes contempla três subprojetos interdisciplinares: Física, História e Biologia; Letras, Língua Portuguesa, Filosofia e Artes; Matemática, Pedagogia e Educação Física. Cada subprojeto deverá atender 16 estudantes que estejam no início da graduação, que irão trabalhar em duas escolas, totalizando seis escolas da rede pública de ensino envolvidas com as ações com duração de 18 meses, envolvendo desde as séries iniciais até o Ensino Médio. Todas as atividades são acompanhadas por um supervisor, que é professor da escola. Além de Passo Fundo, os acadêmicos do subprojeto Matemática, Pedagogia e Educação Física poderão atuar também nos municípios de Soledade e Carazinho.

Na opinião do professor, o Pibid é muito importante para os acadêmicos de licenciatura ter os primeiros contatos com a realidade escolar, ajudando a desenvolver criatividade didática, uma vez que o estudante é desafiado a produzir metodologias diferentes, alternativas didáticas diferentes, materiais diferentes para ensino. “É uma via de mão dupla: o projeto tanto colabora com a qualificação da formação do nosso aluno, quanto ele produz impactos na qualidade de ensino da escola, porque todos esses materiais, essas metodologias acabam ficando e se disseminando nas escolas parceiras. Isso areja a própria escola, produz mobilização, sempre foi muito impactante para a escola, porque os alunos da escola sentem essa presença, se envolvem nessas atividades”, explicou.

Residência Pedagógica
Já o Programa de Residência Pedagógica é voltado para estudantes dos cursos de licenciatura que estejam nos semestres finais da sua graduação, que tenham cursado mais de 50% do curso. Assim como o Pibid, a Residência terá 48 bolsas disponíveis para os estudantes, sendo 24 destinadas para o curso de Educação Física e 24 para acadêmicos do curso de Pedagogia. Segundo a coordenadora, professora Dra. Elisa Mainardi, o Programa de Residência Pedagógica tem como objetivo aperfeiçoar a formação do licenciado, promovendo sua inserção no contexto da escola pública. “Dessa forma, ressalta-se a importância da Residência Pedagógica, uma vez que possibilita ao acadêmico experienciar de forma ativa, crítica e reflexiva os fazeres e saberes da docência, no diálogo permanente com a teoria e a prática”, pontuou.

Dentre as ações da residência pedagógica, estão a realização de intervenções pedagógicas em sala de aula, sob o acompanhamento do professor preceptor que tenha experiência e formação na área de atuação. “Além de inserir o acadêmico no contexto escolar, aproxima também a escola da universidade, estreitando uma relação imprescindível para a construção do conhecimento escolar e incentivo a pesquisa, fortalecimento e valorização da identidade do professor e qualificação da escola pública”, acrescentou.

Cronograma de atividades
Até o dia 15 de julho, às secretarias de educação dos municípios e coordenadorias de educação dos estados estão trabalhando para habilitar escolas que tenham interesse em receber o projeto. Após esse período, deverá ser aberto o edital para a seleção dos bolsistas. A previsão da Capes é dar início às atividades no dia 3 de agosto, data que ainda poderá sofrer alterações devido à pandemia de Covid-19. “Estamos esperando um conjunto de orientações da Capes sobre esse início das atividades no ambiente de pandemia. Estou um pouco otimista de que a gente consiga cumprir esse cronograma, porque a primeira fase do projeto, que leva em torno de quatro a cinco meses, prevê um trabalho mais de estudo da proposta pedagógica da escola, é um período mais de formação mesmo e não de intervenção das escolas. Normalmente só depois de alguns meses é que os estudantes começam a frequentar as escolas, então isso pode nos dar algum tempo para conduzir essa primeira fase de forma segura, deixando o convívio direto com as escolas para o ano que vem”, ressaltou o professor Gerson.