Seminário Integrador: reafirmando a extensão universitária

Promover estratégias para a construção dos Programas Institucionais da Universidade, em um espaço de articulação e formação extensionista, foi o principal objetivo do VII Seminário Integrador da UPF, que teve como tema “A vida das linhas: territórios, saberes, rizomas”. O evento, realizado de forma on-line no final do mês de abril, contou com o envolvimento da comunidade acadêmica, que participou de várias atividades, dentre elas, debates em grupos de trabalho, os quais abordaram diversos assuntos.

Os grupos de trabalho foram organizados por Programa Institucional, a fim de possibilitar o diálogo dos projetos de extensão vinculados e suas equipes. Conforme aprovado em 2020 pela Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, estão institucionalizados os seguintes programas:  “P1 Comunidades e Territórios Sustentáveis”, “P2 Territórios da Cultura, Arte e Comunicação”, “P3 Territórios da Cidadania, Direitos Humanos e Cultura de Paz”, “P4 Territórios da Educação e da Formação Humana”, “P5 Territórios da Saúde e do Cuidado” e “P6 Territórios da Inovação, Produção e Trabalho”. Segundo a coordenadora da Divisão de Extensão da UPF, Dra. Adriana Bragagnolo, essa construção é um processo metodológico organizado e pensado à várias mãos. “Ele é permeado por formação, por diálogo, desconstruções e novas elaborações, objetivando a construção de programas institucionais mais robustos e projetos de extensão que possam integrar-se com a comunidade externa e também dialogar mais, entre pares, na UPF”, afirma.

Experiência produtiva, inovadora e essencial
Participante do grupo “P1 Comunidades e Territórios Sustentáveis”, a professora Dra. Claudia Petry comenta que na discussão foram buscados pontos de intersecção entre os projetos. “Foi uma experiência muito bacana, por nós todos nos sentirmos fazendo parte de um grande projeto, que almeja o desenvolvimento sustentável, envolvendo pessoas e seus territórios”, relata.

Para ela, a construção dos Programas Institucionais, bem como da metodologia do termo de referência, foi produtiva e integradora. “A gente consegue ‘ver’ a extensão da UPF como um todo”, enfatiza Claudia.

A acadêmica do IX semestre do curso de Direito, Jéssica Mendes Leite, acompanhou o debate do grupo “P3 Territórios da Cidadania, Direitos Humanos e Cultura de Paz”. Em sua opinião, a construção dos Programas Institucionais é essencial. “Entendo como necessária essa primeira estruturação dos programas para que seja possível identificar os pontos comuns entre os projetos. Também entendo que para uma extensão seguir forte é imprescindível a cooperação com os demais, assim podemos formar uma Universidade mais plural, comunicativa e interdisciplinar”, destaca.

Painel “A vida das linhas: território, saberes, rizomas”
A programação do evento também contou com o painel “A vida das linhas: território, saberes, rizomas”, ministrado pela professora Claudia. No encontro virtual, a docente abordou a temática trazendo uma metáfora do conceito de rizoma a partir da área da Botânica, com o trabalho da extensão desenvolvido na Instituição. “O rizoma é um organismo completo e sempre traz o novo a partir da matriz. Assim é nossa proposta extensionista na UPF. Respeitando a história e as memórias, estamos de espírito aberto para o novo. A metáfora do rizoma é excelente para esse objetivo de sentirmo-nos parte de um todo”, disse.

A professora Adriana lembra que a metáfora foi pensada por um coletivo. “Significa o que é central na extensão, o que se mantém forte, de raiz. Mas ao mesmo tempo implica em deixar o novo chegar, com inteligência e capacidade de reconstrução”, menciona.

Seminário terá continuidade
O Seminário Integrador seguirá com mais atividades em junho. Para Adriana, todas as ações já desenvolvidas são como um momento central no processo metodológico da construção dos projetos e programas institucionais, pois permite recompor o redesenho da extensão, que está ocorrendo entre 2020 e 2021, e possibilita tempos e espaços de diálogo entre os diferentes atores sociais. “Com esse momento, foi possível reafirmar a extensão como parte integrante da pedagogia universitária, potencializando o que há de melhor nos projetos, intensificando a curricularização e o viés comunitário da UPF, e promovendo a transformação da realidade”, finaliza a coordenadora da Divisão de Extensão.