Pesquisas e aprendizados sem limites geográficos

A Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio da Faculdade de Odontologia e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGOdonto), e a Universidad de Granada, na Espanha, têm parceria desde 2018. Pelo convênio, diversas ações são realizadas, promovendo interação, troca, vivências e a partilha de conhecimentos e metodologias que deixam para trás as questões geográficas. Na última semana, duas pesquisadoras estiveram na UPF para o desenvolvimento de atividades em sala de aula e nos laboratórios.

O professor Dr. Álvaro Della Bona, coordenador do PPGOdonto, esteve acompanhando a visita e guiando as ações. Ele destaca que o desenvolvimento acadêmico é sempre associado a pesquisa, tecnologia e inovação, que dependem muito de colaborações com grupos de experts ao redor do mundo. “Esse é o motivador das cooperações que o PPGOdonto realiza com grupos de várias universidades internacionais. A nossa UPF tem colhido frutos dessas cooperações Institucionais desde a melhoria do ensino até o reconhecimento internacional em diversos rankings acadêmicos”, pontuou.

Della Bona comenta que as estudantes estão inseridas em todas as atividades desenvolvidas no Programa, desde a participação em aula, realização de pesquisa laboratorial, instrução a acadêmicos de graduação e pós-graduação, até a consolidação da mobilidade de docentes e discentes de ambas as Instituições.

Cris Espinar e Maria Tejada são pesquisadoras da área de biomateriais ópticos na Espanha. Lá, elas conheceram o trabalho do professor Álvaro e o convênio que já existia entre as duas instituições permitiu que elas vissem na UPF a oportunidade para aprofundar os conhecimentos. “Quando precisei pensar em uma universidade estrangeira para um intercâmbio do meu doutorado, a UPF foi a primeira que me veio à mente. Escolhi tanto pelo potencial de pesquisa, quanto pela aproximação que existe entre as duas universidades”, comentou Maria.

Para Maria, realizar um intercâmbio internacional sempre traz benefícios para a formação de um estudante, em todos os níveis. Ela destacou que, entre os pontos positivos estão o contato com outros pesquisadores e grupos de investigação, que, em sua opinião, abrem muitas portas, permitindo que o conhecimento não tenha mais fronteiras. “Em meu caso, especificamente, ter conhecido a forma como a UPF trabalha me ajudou a ter novas ideias que, com certeza, tentarei implementar nos meus próximos estudos”, pontuou.

Ela explica que veio para fazer um experimento psicofísico para a determinação de novos limites da diferença de cor dos materiais dentários. “Realizei uma pesquisa com um total de 20 estudantes e professores da UPF. Também tive a oportunidade de conversar sobre o trabalho que realizo em Granada e sobre os estudos que desenvolvo lá e que têm relação com o tema”, ressaltou, destacando também que, embora a diferença climática, já que saiu do calor espanhol e encontrou frio em Passo Fundo, a adaptação foi tranquila e possibilitou também, além do trabalho, uma experiência incrível para conhecer novas culturas.