Encontro com moradoras do bairro Zachia discute qual o lugar da mulher no mundo

Qual o lugar da mulher no mundo? A reflexão envolve diversas questões, que foram debatidas durante um bate-papo entre mulheres da comunidade do bairro José Alexandre Zachia, nesta quinta-feira, 19 de maio. Acompanhado de um chá da tarde e momentos de integração em comemoração ao Dia das Mães, o encontro realizado no Centro de Referência de Atendimento às Mulheres (CRAM) também marcou o retorno das atividades presenciais dos projetos de extensão da Universidade de Passo Fundo (UPF) no bairro. 

Segundo Marina Lazaretto, uma das coordenadoras da proposta de atuação e integração dos cursos da UPF no bairro Zachia, a atividade serviu para retomar o significado do espaço para o bairro, que é um local de escuta e acolhimento das mulheres nas diferentes demandas que elas apresentam. “Fizemos uma dinâmica onde elas tinham que escolher imagens que representassem qual o lugar delas no mundo e vieram coisas bem legais, muitas delas relacionaram a imagens de cuidado, de carinho, de mulheres que sobrevivem a muitas coisas”, pontua Marina. “A importância desse trabalho é justamente porque a gente ainda vive num contexto em que as mulheres são muito oprimidas, violentadas, são desrespeitadas, ocupam lugares ainda inferiores do que os homens e ainda há muito que se avançar no cuidado de gênero”, observa.

Por meio dos projetos de extensão, os acadêmicos e demais envolvidos se inserem na comunidade e ajudam a reafirmar o compromisso da Instituição com o desenvolvimento social. “A gente tem tentado trazer toda a Universidade para este espaço, justamente, porque entendemos que as demandas são complexas, exigem diálogo interdisciplinar e intersetorial, por isso temos tantas áreas trabalhando”, ressalta ela, ao afirmar que a tendência é ampliar o diálogo para as demandas de outros espaços também. 

As atividades preparadas foram pensadas por professores e acadêmicos ligados aos projetos de extensão: “Redes de cuidados territoriais”, “Indivíduos e Famílias em transformação: tecendo redes de cuidados” e “Saúde Única se aprende na escola”, vinculados aos cursos de Enfermagem, Nutrição, Odontologia, Serviço social, Psicologia e Medicina Veterinária, além do apoio e suporte da equipe do Cram e do grupo do Departamento de Atenção à Terceira Idade (Dati) do município.