Ensino

Aproximar a teoria da prática

21/06/2019

11:48

Por: Caroline Simor

Fotos: Divulgação

Acadêmicos do curso de Engenharia de Alimentos produziram alimentos derivados do leite em sala de aula

Tornar a sala de aula atrativa e cada vez mais próxima da realidade do mercado é um dos desafios diários dentro da Universidade de Passo Fundo (UPF). Para isso, professores e acadêmicos promovem atividades que buscam unir a teoria da prática, qualificando a formação e integrando a comunidade acadêmica com empresas locais e regionais. O curso de Engenharia de Alimentos é um exemplo. Motivados pelo professor Dr. Vandré Brião, responsável pela disciplina de Tecnologia de leite e derivados, estudantes colocaram a mão na massa.

Os acadêmicos cursam o nono semestre e se preparam para concluir a graduação. De acordo com Brião, a ação faz parte das metodologias ativas para o ensino de graduação. “A proposta é repassar desafios envolvendo conhecimentos técnicos prévios e conhecimentos adquiridos na disciplina, melhorando a fixação de conteúdos em abordagens transdisciplinares”, explica.

Ele ressalta que cada aluno recebeu, no primeiro dia de aula, um tema para desenvolver os produtos. Entre eles, produtos sem lactose, leite fermentado, iogurte grego, bebida láctea infantil, iogurte, whey protein, caseinatos, manteiga ghee, sobremesa láctea e composto lácteo.  Para cada produto, os acadêmicos teriam que atribuir uma característica diferenciada como zero lactose, fortificado com proteínas, melhor funcionalidade, entre outras.  Para realizar a atividade, o curso contou com a parceria da empresa Proregi, que cedeu os insumos, promovendo, assim, uma integração entre Universidade e empresas.

De acordo com Brião, a realidade profissional é muitas vezes diferente da sala de aula e tornar esses dois ambientes mais semelhantes é a proposta desse trabalho, oportunizando aos acadêmicos a vivência real, fazendo-os assumir tarefas e tomar decisões. Tudo isso dentro de um convívio com outras pessoas de culturas e formações diferentes. “Essa metodologia baseou-se nisso. O professor apenas foi um tutor dos trabalhos. As decisões, os erros e acertos que os estudantes cometeram foram típicos de profissionais que atuam no desenvolvimento de alimentos. E o erro desenvolve no aluno o senso de autocrítica, fazendo com que ele se pergunte: o que eu fiz de errado? O que eu tenho que fazer para acertar? Então, colocar a mão na massa confere aos alunos um sentimento de profissionais já formados, muito importante para uma inserção no campo de trabalho“, pontua o docente.