Ensino

Semeando um futuro melhor

15/10/2021

18:46

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Tainá Binelo e Carla Vailatti

Seja com uma carreira já consolidada ou ainda iniciando a caminhada, a docência é uma profissão que requer paixão, desejo pelo conhecimento e dedicação. No Dia do Professor, a UPF faz um passeio pelo tempo, conversando com quem já está há mais de 30 anos atuando e com quem se tornou docente em um dos momentos mais desafiadores da história, durante a pandemia. Acreditar no futuro e plantar sementes para que novos e qualificados profissionais estejam atuando no mercado e felizes em suas atividades, são os objetivos daquele que ensina e aprende diariamente.

“Crescer e construir conhecimento junto'' é a forma que o professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV), Dr. José Luís Chiomento, vê a docência. Desde 2019, exerce a profissão que sempre admirou e cresceu tendo inspirações em casa: com pais professores, ele acredita que “O professor é um agente transformador. Temos esse papel já que muitas vezes eles refletem quem somos, os mestres. Por isso, temos que estar sempre preparados para esse compromisso que é com os alunos, com as suas famílias e com a sociedade”.

A monitoria acadêmica foi a porta de entrada para o sonho que Chiomento viria a realizar poucos anos depois. Formado pela UPF em 2016, ele ingressou no Mestrado no mesmo ano e logo após o término deste também no Doutorado, ambos no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAgro) da Instituição. Com muito orgulho, trabalha ao lado dos docentes que formaram o profissional que é hoje.  

Além dos professores do Ensino Superior, outros também foram fundamentais para fomentar o desejo de inspirar acadêmicos que Chiomento tem hoje. “Trago dos meus professores uma parte humanística, dos quais a dinâmica e a didática me marcaram. Com linguagem simples e de fácil compreensão, eles abraçavam as turmas de uma forma ampla. Isso me motivou a ser um professor flexível, resiliente, sabendo que eu já estive no lugar do aluno. Conversar, compreender, ficar próximo, saber o que está acontecendo... se a gente seguir tanto essa hierarquia que falam nós vamos afastar os alunos, e não aproximar”, afirma. 

Com uma carreira na docência que iniciou junto da pandemia de Covid-19, o professor não conhece o “antigo normal”, mas, mesmo assim, busca adaptar-se às inovações diárias e qualificar-se para acrescentar ainda mais aos acadêmicos dos quais faz parte da formação.  Respeito com a profissão, ética e justiça são algumas das características que visa fomentar nos seus estudantes. “Vemos que plantamos sementinhas, ou melhor, transplantamos nossa muda, como falamos na minha área, que é a hortaliças. Somos um reflexo do que vai ser o futuro, as novas gerações. Devemos ir além do papel do professor de sala de aula”, ressalta o docente.  

A construção de um professor 

O mesmo sentimento acompanha a professora da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC), Me. Maria Goretti Baptista Betencourt, que, ao contrário de Chiomento, já tem raízes na Universidade. Docente desde 1984, ela fez parte da formação de centenas de profissionais de várias áreas. Com formação em Artes Plásticas, Psicologia, Comunicação e História, Goretti é sinônimo de multidisciplinaridade. 

A longa carreira como professora faz com que Goretti se torne cada dia mais adaptável às mudanças e, assim, segundo ela, uma professora ainda melhor. “Pela experiência, convivência, aperfeiçoamento, segurança. Quanto mais vivência meus professores tinham, melhores eles eram. A vida vai te ensinando a melhorar, a ser melhor. Consigo ver coisas que antes não via. A carreira acadêmica se constrói no fazer!”, aponta a docente que também participou da criação do curso de Publicidade e Propaganda. 

Embora em épocas distintas, o amor pela profissão foi semeado em Chiomento e em Goretti a partir da mesma prática: a monitoria. Nela, a professora teve inspirações e experiências que a aproximaram da docente que é hoje. Mas, não foi apenas no Ensino Superior que os mestres deixaram marcas na sua formação. "Tive vários exemplos significativos tanto na graduação quanto na pós-graduação, ensino fundamental e médio. Não foram um nem dois, foram vários que me inspiraram. O professor é capaz de influenciar o jeito como uma criança, um adolescente, olha a sociedade”, relembra. 

“Cada professor é cada um, tem características próprias, ninguém pode substituir ninguém, apenas os cargos”, conta Goretti, que ao iniciar sua trajetória profissional teve a honra de ocupar o cargo que até então era de sua orientadora. “Ser professor não é fácil, não é só passar conteúdo, você não é uma máquina, é o teu sujeito, uma pessoa. Temos uma importância capital na vida da comunidade”, finaliza.