Por: Caroline Simor
Fotos: Reprodução
Novo espaço terá infraestrutura moderna e atenderá à pesquisa institucional
Em 2013, a Universidade de Passo Fundo (UPF), com o suporte da Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (VRPPG), participou de um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a construção de um novo biotério. Passados quase quatro anos, os recursos foram enfim liberados e a Instituição deverá, tão logo sejam finalizadas as licitações, iniciar os trabalhos para a edificação do local. O novo espaço, que fica próximo ao Hospital Veterinário, no Campus I, terá uma estrutura moderna, atualizada e atenderá à pesquisa realizada na Universidade.
Os biotérios funcionam como viveiros em que se conservam animais em condições adequadas à utilização em experimentos científicos ou aulas práticas de diversos cursos. Para a elaboração do plano e a conquista dos recursos, além do suporte da Vice-Reitoria, o projeto contou com o apoio dos Programas de Pós-Graduação que utilizam animais em suas pesquisas e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), unidade de lotação do biotério.
Para o vice-reitor responsável, professor Dr. Leonardo José Gil Barcellos, o novo biotério dará mais condições para que as pesquisas feitas na Instituição e também aquelas realizadas por meio de parcerias com outras universidades e órgãos de fomento sejam cada vez mais qualificadas. “A nova infraestrutura vai atender a todos os cursos das áreas biológicas, de saúde e agrárias, com possibilidade tanto de manutenção de animais, quanto para experimentação. É uma grande conquista, que nos dá suporte para investirmos e dedicarmos esforços na ciência”, destaca.
Para a diretora do ICB, professora Dra. Jurema Schons, a pesquisa da Universidade terá um grande crescimento, uma vez que, com o novo espaço, a qualidade e a quantidade de estudos terão um aumento bastante relevante. “O novo biotério trará um ganho significativo na qualidade e na quantidade de pesquisas, com o uso de roedores, realizadas nos diversos programas de pós-graduação da UPF, assim como das demais pesquisas institucionais que fazem uso de animais. Diante da possibilidade de criar animais com um padrão de qualidade superior, com maior homogeneidade e sanidade, muitas pesquisas que hoje ficam no campo das ideias poderão ser colocadas em prática”, ressalta.
A previsão é de que as obras iniciem em abril. O investimento será de quase um milhão de reais.
Um dos responsáveis pelo projeto, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação (PPGBioexp), professor Luiz Carlos Kreutz, destacou a importância da conquista para melhorar os experimentos com metodologias sofisticadas e sensíveis. “Nesse contexto, é importante que os animais estejam em um ambiente bem protegido de influências externas e que possíveis alterações nos dados avaliados resultem apenas dos tratamentos aplicados e não de fatores alheios à pesquisa. Hoje, na atual situação, não temos condições de executar experimentos que requeiram um grau de refinamento condizente com os padrões internacionais. Assim, com o novo biotério, teremos condições de, também nessa área, estar em condições de competir internacionalmente”, pontua.
Kreutz explica que o biotério será utilizado, em grande parte, para atender à pesquisa, visto que os protocolos de aulas práticas com animais de laboratório estão sendo gradativamente substituídos por outros procedimentos que não envolvam animais. Ele ressalta que a Universidade segue uma tendência mundial e não poderia ser diferente. “A pressão para abandonar o uso de animais nas aulas práticas é muito grande em todos os lugares e, considerando o arsenal de recursos que temos, em muitos casos o uso de animais torna-se desnecessário. No entanto, na pesquisa, não há como mudar isso, pois o estudo de fármacos, vacinas, comportamento, entre outros, depende ainda da disponibilidade de um modelo animal no qual a hipótese em questão possa ser avaliada”, reforça.
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