Ensino

Sala de aula do futuro, um espaço diferenciado de aprendizado

22/09/2016

15:16

Por: Alessandra Pasinato

Fotos: Gelsoli Casagrande

Projeto desenvolvido dentro da Universidade de Passo Fundo propõe a implantação de um “makerspace”, ambiente inovador e voltado ao fazer criativo

Como será a sala de aula do futuro? O questionamento foi levantado em um encontro realizado nesta quinta-feira, dia 22 de setembro, entre a Reitoria da Universidade de Passo Fundo (UPF) e os professores que pesquisaram e desenvolveram o projeto de implementação de uma sala de aula do futuro na Instituição. Inserida no contexto de tecnologia, a UPF já dispõe do Parque Científico e Tecnológico que desenvolve novas tecnologias e, além disso, concentra grupos de pesquisa que propõem soluções inovadoras em todas as áreas. Com esse novo espaço, a Universidade teria um ambiente diferenciado, referência em processos educacionais e voltado ao fazer criativo: um laboratório de criatividade.

O encontro contou com a presença do reitor da UPF José Carlos Carles de Souza, que já havia conhecido o projeto e recomendou a socialização aos demais gestores. Estiveram presentes também a vice-reitora de Graduação Rosani Sgari, a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Bernadete Dalmolin e o vice-reitor Administrativo Agenor Dias de Meira Junior. O projeto foi apresentado pelos professores Adriano Canabarro Teixeira e Marco Antônio Sandini Trentin e teve a participação do diretor do Iceg, Cristiano Cervi; do professor coordenador da área de Informática do Iceg, Evandro Luis Viapiana; da professora Luciane Sturm; e do professor Rafael Rieder.

Faça você mesmo

De acordo com o professor Adriano, o movimento “Makers” já existe há algum tempo e tradicionalmente consistia em união de pessoas que tinham habilidades técnicas e buscavam um espaço com equipamentos em comum para produzir as suas soluções. Para isso, iam a um “Makerspace”, ou seja, a um espaço de fazer. “Nesses espaços, as pessoas se reúnem para compartilhar recursos técnicos e intelectuais. É um ambiente interdisciplinar, onde cada um coloca ao serviço de determinada invenção as suas habilidades”, comenta o professor, identificando que o movimento ganhou forma nos últimos anos também como um espaço educacional. “Nesse contexto, as pessoas entram com um problema e saem com uma solução”, considera.

Iniciativas que vêm sendo desenvolvidas na UPF pelo Grupo de Pesquisa de Inclusão Digital (Gepid) já correspondem às propostas do movimento “Makers”, no entanto, ainda há muito a avançar e a implementação de uma sala de aula do futuro abriria espaço para novas criações, a partir desse mecanismo inovador. “A criatividade é o elemento central. Não tem alguém que conduza o processo, é um espaço colaborativo”, comenta Teixeira, salientando que a intenção é que se compartilhem espaços de aprendizado, criando conhecimentos e desenvolvendo capacidades.