Ensino

Projeto de extensão realiza experiência fotográfica

23/06/2017

17:33

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

O projeto de extensão “Modos de ver, metodologias em artes visuais” para deficientes visuais, vinculado à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade de Passo Fundo (VREAC/UPF), encerrou as atividades do semestre de uma forma diferente nesta sexta-feira-feira, dia 23 de junho, ofertando uma oficina de fotografia. O projeto de extensão é coordenado pela professora Margarida Pantaleão da Silva, do curso de Artes Visuais da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC), e contou também com a participação da professora Fabiana Beltrami, integrante do Grupo da Foto.

A professora Fabiana contou um pouco sobre a história da fotografia, apresentando diversas câmeras fotográficas, desde as mais antigas com seus filmes, até equipamentos digitais. Conforme Margarida, o grupo foi muito participativo e ficou motivado, pois muitos relataram que tinham muita curiosidade sobre o assunto, não imaginando que mesmo com sua deficiência poderiam fazer registros fotográficos.


Em um segundo momento da oficina, foi apresentada a história de vida de um artista cego chamando Evgen Bavcar, que, mesmo com deficiência visual, fazia registros fotográficos. Após a contextualização da atividade, os participantes da oficina também puderam fazer fotografias. De acordo com a professora Margarida, os alunos relataram que não se julgavam capazes de realizar fotos, sendo uma experiência extraordinária. “Com muita alegria, alguns até fizeram fotos dos outros colegas em seus próprios celulares para que seus familiares pudessem ver o que eles haviam feito hoje na oficina”, destacou.

Projeto

Pensando em garantir a inclusão de deficientes na sociedade, foi criado em 2011 o projeto “Modos de ver, metodologias em artes visuais” para deficientes visuais. A atividade amplia o acesso ao conhecimento das artes no que se refere à modelagem e construções tridimensionais, oportunizando a aprendizagem psicomotora tátil, de forma a desenvolver a percepção, promovendo melhor desempenho nas atividades cotidianas, repercutindo, assim, no meio social.

De acordo com a professora Margarida, o projeto busca, por meio do desenvolvimento sensorial, promover a oportunidade de experimentar situações desafiadoras com diferentes materiais e ferramentas artísticas, como obras de arte, fotografias e objetos em geral. “Criamos possibilidades de expressão por meio do pensamento e da representação tridimensional.Com essas ações, o projeto estreita a relação da Universidade com a comunidade na Faculdade de Artes e Comunicação, atuando desde 2011 com a Associação Passo-Fundense de Cegos (Apace)”, destacou a coordenadora do projeto.