Desenvolvimento e progresso impulsionados pela excelência na pesquisa
23/03/2017
14:56
Por: Caroline Simor - Assessoria de Imprensa UPF
Fotos: Gelsoli Casagrande
Professores, alunos, egressos e colaboradores celebraram os 20 anos dos programas de pós-graduação, os 20 anos do PPGAgro e os 40 anos do PPA
A Universidade de Passo Fundo (UPF) vem, ao longo de sua trajetória, implementando políticas de pós-graduação que buscam a produção do conhecimento de alto nível, refletindo no desenvolvimento social, cultural e científico da região. Esse caminho, feito por muitas mãos, passou pela criação do Programa de Pesquisa em Aveia (PPA) e depois pela consolidação do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, dando início aos programas de pós-graduação da Universidade. Na tarde dessa quarta-feira (22), professores, alunos, egressos, colaboradores e funcionários estiveram reunidos na cerimônia de celebração das datas festivas. Na oportunidade, também houve a palestra com Luiz Carlos Federizzi, professor da UFRGS e coordenador da Área de Ciências Agrárias I da Capes.
Em 2010, a UPF contava com sete programas de pós-graduação e um curso de doutorado. Hoje, a Instituição conta com 15 programas e seis cursos de doutorado. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Dr. Leonardo José Gil Barcellos, essa expansão somente foi possível pela ousadia da primeira turma de pós e também de doutorado, propostas e executadas pela Faculdade de Agronomia.
Barcellos destacou que o stricto sensu é a excelência e a inovação na educação em todos os níveis, constituindo a base da pesquisa institucional, culminando na formação de profissionais qualificados. Ressaltando o pioneirismo da Faculdade de Agronomia, ele reforçou a ideia de que é por meio do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação que a Universidade caminhará para o futuro. “A existência do stricto sensu faculta à Universidade a possibilidade de oferecer formação diversificada nas diferentes áreas, num contexto integrado com todos os níveis de ensino e todas as dimensões transversais da Instituição. Nessa matriz, o ensino deixa totalmente de ter um caráter linear e estanque e passa a ser multidimensional e continuado, em que não vemos pedaços ou partes isolados entre si, mas sim a sequência orgânica e a interação estreita entre seus componentes”, disse.
O evento também contou com a presença dos vice-reitores de Graduação, Rosani Sgari, de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, e Administrativo, Agenor Dias de Meira Junior, além da Presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo, professora Maristela Capacchi, da coordenadora do stricto sensu da UPF, professora Rosa Maria Locatelli Kalil, de professores, coordenadores e diretores de Unidades. O evento teve a apresentação artística do Grupo de Música Brasileira e Jazz da UPF. Na oportunidade, professores que fizeram parte do processo de evolução dos cursos receberam homenagens.
História consolidada e feita por muitas mãos
O momento foi de relembrar a história e também de valorizar as pessoas, órgãos e instituições que contribuíram para que o PPGAgro e o PPA conquistassem espaço e se tornasse a referência que são hoje.
O diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV), professor Dr. Hélio Carlos Rocha, destacou que o maior patrimônio deixado por uma instituição de ensino para a sociedade é a formação de recursos humanos, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação. “É isso que Faculdade tem feito ao longo de sua caminhada. Numa realidade e num país com hora e dia para a divulgação de escândalos, temos a informação do Ministério da Agricultura de que em 2020, 44,5% da produção e do consumo de carne bovina no mundo envolverão a população do Brasil, o que se estende a outras áreas: 48% de frango e 14% de suínos. Imaginemos o impacto dessa cadeia toda no agronegócio, então, temos que dimensionar corretamente isso e abrir debates dentro da academia para que estejamos preparados, capacitados e prontos para esse futuro”, frisou.
A coordenadora do Programa de Pesquisa em Aveia, professora Dra. Nádia Lângaro, trouxe um resgate histórico dos programas, lembrando das primeiras parcerias com empresas e órgãos públicos, que possibilitaram a melhora da estrutura física para pesquisa, ampliando também o número de alunos e professores.
Segundo ela, o Programa de Aveia desenvolveu, desde a sua criação, 25 cultivares de aveia, registradas no Registro Nacional de Cultivares do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que permite a sua comercialização. Três delas possuem certificado de proteção no Sistema Nacional de Proteção de Cultivares, uma garantia legal, recentemente alcançada, para o retorno de investimentos alocados em pesquisa.
Nádia lembrou que atualmente estão sendo testadas diversas linhagens de aveia preta, em diversos ambientes do sul do Brasil e também no exterior, o que deixa as equipes muito otimistas quanto ao lançamento de novas cultivares nos próximos anos. Diante disso, o futuro ainda reserva muitos desafios. “A aveia deve ser considerada uma cultura estratégica para o setor agrícola do Brasil, pois tem grande potencial de expansão. Seu manejo é tecnicamente viável e, a princípio, é considerado dominado pelos produtores. No entanto, embora tenhamos obtido muitos avanços em produtividade, nas últimas décadas, os rendimentos médios alcançados pela maioria dos produtores ainda são considerados baixos, o que nos desafia na pesquisa para o aprimoramento de técnicas de manejo e o desenvolvimento de novas cultivares”, destacou.
Ao longo desse tempo, os programas de pós-graduação da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária já formaram 247 mestres e 57 doutores. Para a coordenadora do PPGAgro, professora Dra. Eunice Calvete, o trabalho comprometido realizado nessas décadas de pesquisa contou com o apoio da Instituição, além da parceria com a Embrapa, a Capes e com órgãos de fomento à pesquisa, além de alunos, professores e profissionais do setor agrícola. Essa soma de forças resultou na ampliação das pesquisas e, consequentemente, no fortalecimento do mestrado e do doutorado.
O caminho a ser trilhado ainda é longo, mas, para a professora Eunice, uma das características marcantes da equipe sempre foi a coragem. “Temos a coragem de dizer que somos um programa consolidado, reconhecido e com um papel fundamental para a pesquisa e agricultura da região. O comprometimento de toda a equipe é com a formação de recursos humanos e com a formação da sociedade, para isso, o Programa conta com metodologias científicas atuais e de ponta. Esse processo, que se dá por meio do envio de docentes para a realização de doutorados e pós-doutorados em instituições de pesquisa de qualidade, espalhados pelo Brasil e pelo mundo, ou pela participação de alunos em intercâmbios, é o motor da construção e reconstrução do conhecimento”, destacou.
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