Pesquisa e Inovação

Acadêmico da UPF pesquisa a toxicidade de efluentes de frigoríficos e atividade galvânica

23/04/2018

09:33

Por: Assessoria de Imprensa

Um dos maiores problemas relacionados a atividade industrial refere-se ao lançamento de efluentes líquidos industriais não tratados ou tratados inadequadamente em recursos hídricos. Grandes quantidades de contaminantes com potencial tóxico podem ocasionar efeitos deletérios aos organismos presentes no ecossistema onde são lançados esses resíduos. A partir dessa problemática, o acadêmico Hemerson Francisco Buffon, do Programa de Iniciação Científica do curso de Química (bacharelado) da Universidade de Passo Fundo (UPF), orientado pela professora Ma. Janaína Ortiz, vinculada ao Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg), está realizando uma pesquisa de cunho bibliográfico referente a toxicidade de efluentes de frigoríficos e atividade galvânica.

Segundo o estudante, umas das não conformidades relacionadas com os efluentes líquidos dos frigoríficos refere-se a grande quantidade de matéria orgânica e da atividade galvânica, a presença de íons de metais, como o cromo hexavalente, o qual pode ser carcinogênico. Dessa maneira, em sua revisão bibliográfica, ele enfatiza que estudos anteriormente realizados constataram que efluentes provenientes dessas atividades apresentaram toxicidade para organismos de diversos níveis tróficos.

Além disso, ele relata que a descarga de efluentes nos recursos hídricos pode ocasionar efeitos indiretos aos organismos do ambiente. “A grande quantidade de matéria orgânica proveniente do efluente de frigorífico não tratado pode acarretar a eutrofização nas águas, a qual se caracteriza por um crescimento excessivo de plantas aquáticas em níveis que causam interferência, levando a diminuição de oxigênio dissolvido do meio, podendo causar a mortalidade de peixes”, relata em sua pesquisa, que justifica-se por sua importância tanto do ponto de vista ambiental quanto da saúde pública.

Incentivo à iniciação científica

A Universidade vem desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, diversas ações para incentivar os alunos, tanto do Ensino Médio, quanto da graduação, ao ingresso no universo da pesquisa. O objetivo, segundo o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, é instigar, desde cedo, o espírito de curiosidade e vontade pela transformação. “Essa troca é muito importante, uma vez que proporciona ao acadêmico a possibilidade de conversar e trabalhar juntamente com alunos que estão fazendo mestrado e doutorado. Assim, eles aprendem a lidar com o novo, participam de descobertas, enfrentam desafios e superam dificuldades. A pesquisa está em todos os lugares e a UPF, por meio da Iniciação Científica, permite que eles tenham contato com ela desde o ingresso na Instituição”, destaca, ressaltando que a experiência será útil para eles, mesmo sem seguir a carreira científica, pois a pesquisa estimula o pensamento lógico.