Extensão

Encontro do Projeto de Alternativas à Violência

24/04/2017

17:30

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Fotos Divulgação

Observatório da Juventude promoveu Oficinas Avançadas sobre o enfrentamento de situações de risco e violência com a promoção da paz

O feriado de Tiradentes foi escolhido para a dar continuidade à formação de facilitadores do Projeto de Alternativas à Violência (PAV), que o Observatório da Juventude, em parceria com a Ecopaz (Guaporé) e o apoio do Serpaz (São Leopoldo), vem implementando no meio acadêmico e junto à comunidade regional.

Participaram das Oficinas Avanças professores e funcionários da Universidade de Passo Fundo (UPF), além de acadêmicos dos cursos de Psicologia, Serviço Social, Pedagogia, Design de Modas, Artes Visuais, Nutrição, Direito, Filosofia, Teologia, Administração, História e Música. Também profissionais que atuam em Gestão pública e de Instituições filantrópicas, na área da Psicologia, Advocacia, além de professores e funcionários de escolas públicas. “O PAV Avançado possibilitou maior abertura, desconstrução, superação, acolhida, confiança, ressignificação e empoderamento sobre meu ser, minha história e meus desafios. De fato, o poder transformador acontece quando me coloco em jogo sem julgamentos e resistências, quando estou presente e permito-me ser eu”, disse a religiosa e coordenadora do Centro Juvenil Mericiano (Cejume) e secretária do Comdica de Passo Fundo, Vivian Agnese.

As oficinas foram realizadas de 21 a 23 de abril no Centro Taborin, espaço cedido pelos Irmãos da Sagrada Família. Conforme o integrante do Observatório da Juventude (cátedra da Unesco-UPF), professor Silvio Antônio Bedin, participaram do evento 45 pessoas vindas de diversas cidades do Estado, como São Leopoldo, Canoas, Guaporé, Ibiraiaras, Vila Maria, Ciríaco, Porto Alegre e Passo Fundo. 

O que é o PAV?
O Projeto de Alternativas à Violência (PAV) integra um programa de formação para habilitação dos participantes para que possam lidar de forma criativa com situações potencialmente violentas. É centrado no desenvolvimento da multidimensionalidade humana, que estimula o florescimento dos potenciais subjetivos da autoestima, confiança e cuidado de si. Incidindo na constituição de vínculos afetivos relacionais, contribuindo pra criar comunidades de acolhida, confiança e colaboração. “Participar das oficinas promovidas pelo PAV significou celebrar o encontro com o outro e refletir sobre si mesmo nesta relação, compreendendo a complexidade dos sujeitos e da sociedade. Espaços como este colaboram para a transformação pessoal e social, enfatizando o sentido ético, promovendo uma cultura de paz, acolhimento e confiança”, disse a psicóloga, que atua no Conselho Municipal de Saúde de Passo Fundo, Fernanda Rocha. 

O projeto é desenvolvido em forma de oficinas, de diferentes modalidades, aplicadas com pequenos grupos, de forma a facilitar a integração e capacitação dos participantes, em um processo contínuo de formação. 
As oficinas são conduzidas por facilitadores treinados e são vivenciadas de forma reflexiva. De acordo com o professor Bedin, elas valorizam e estimulam a partilha das experiências dos participantes. “São realizadas discussões, exercícios interativos, jogos e sociodramas para compreender as maneiras como reagimos a situações onde injustiça, preconceito, frustração e raiva possam levar a comportamentos agressivos e violentos. As oficinas conduzem os participantes a lidar eficazmente com situações perigosas e de risco, com sentimentos fortes como o medo e a raiva, a se comunicar de forma construtiva e afetiva”, explicou.

A qualificação leva à construção de boas relações, compreendendo a origem dos conflitos para que cada ser possa descobrir seu potencial na resolução de conflitos. “O Observatório da Juventude acredita que ao investir em processos formativos de capacitação teórica e metodológica, está contribuindo com a busca de soluções mais duradouras na prevenção das violências.  Afinal, como se aprende a ser violento, pode-se também aprender a conviver com respeito e dignidade, e que a educação é uma arma poderosa que pode contribuir com esta finalidade”, finalizou Bedin.

Observatório da Juventude, Educação e Sociedade
O Observatório da Juventude e de Violências nas Escolas foi criado através de um convênio entre a Universidade de Passo Fundo e a Cátedra Unesco de Juventude, Educação e Sociedade, representada pela Universidade Católica de Brasília. O projeto busca fomentar o desenvolvimento de ações e produção de conhecimento relacionados aos jovens, priorizando a questão das violências nas escolas.